Com certeza não teriam a cor transparente do pranto.
Saudade e solidão, será que teriam a cor da tristeza?
Mas qual seria a cor da tristeza? Teria alguma beleza?
Nunca vi, nem mesmo nos olhos, a cor da saudade,
Da solidão, também nunca vi, essa só se sabe sentir
Outro dia senti uma tristeza viva desenhada no rosto
Mas não pude ver, não havia espelhos, só desgosto
Até a poesia, que sabe tudo sobre tristeza e solidão,
Sobre pranto e saudade, não me soube responder
Qual a cor da saudade, da solidão, alguém sabe dizer?
Delas já fui amigo, em muitas noites me acalentaram
Mas não lhes via a cor, sempre chegam com o pranto
Que me encharcava os olhos e nada me deixava ver.
José João
04/11/2.025

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