quinta-feira, 13 de novembro de 2025

O milagre de amar


Dou-me a ti, como fosse o luar a se entregar na noite
Como fosse o perfume da flor a se entregar ao tempo
Dou-me a ti por apenas me entregar, sem nada pedir
A não ser um pouquinho de ti para ainda poder falar

Não importam os sentimentos, a eles agora os conheço
E me entrego ainda, mas agora não tenho o que pedir
A não ser uma alma amiga que me sirva para eu sonhar
Para escrever ao tempo e dizer o que ainda sei sentir

Fazer dos versos gritos que devem chegar ao mundo,
Que cheio de amor despertem corações adormecidos
Que ainda não aprenderam que amar é mais que viver
É estrar vivo eternamente é ser, um verdadeiro ser

Dou-me ao amar por apenas amar, estar na poesia
E dela fazer  minha voz, no cantar sublime que sempre
Vai acalentar corações, os que mais precisam, os tristes
E a esses entrar na alma e nela gritar: o amor existe

Se o amor existir em cada um sem medição de tempo
Se amarem como se o que é amar for a própria vida
Amar, por apenas amar se entregar pelo prazer de amar
O tempo se fará eterno e não terá mas porque chorar

Até na eternidade os verdadeiros amantes nunca esquecem
Se esquecessem não seria o amor completo... nem eterno
A cada menor fração de tempo um amor que seja verdadeiro
Nunca, nunca mesmo, cada um deixará de ser o primeiro.

José João (coautor)
3/11/2.025

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