Lustres,. candelabros, luzes e... flores fingindo
Enfeitar, dentro de brilhantes jarros dourados,
Mas frias e, elas, as flores, com sorrisos tristes
Ficavam paradas, inertes porque a brisa
Voava solta lá fora mas aqui... dentro de mim...
Vinhos, sorrisos, guardanapos de linho, bordados,
Taças de reluzente cristal cheias de vinho...
Mas a minha ... cheia de solidão, que transbordava,
Escorria, entre os dedos trêmulos e... as saudades,
As tantas saudades brincando de fazer lágrimas
E o olhar perdido no tempo não via nenhuma beleza.
Cada lágrima, chegando de repente de dentro da alma,
Parecia gritar nomes que ela (a alma) tremia ao ouvir.
Cada nome uma saudade, cada saudade uma dor,
Cada dor uma lágrima até que o pranto se fez,
Me tomou em soluços (entre os risos da festa)
Em silêncios. Há quem diga que silêncio
Não tem plural...nem saudade, mas... nunca
Sentiram solidão, não como essa que sinto,
Essa minha, só minha, é cheia de silêncios
Que me trazem as saudades, algumas em prantos
Outras em risos. Ah! Essas tantas saudades!!!
José João
25/04/2.019