domingo, 30 de setembro de 2018

A solidão não me assusta, mas...

Não é a solidão que me assusta, com ela,
Até converso nos versos que minha alma chora,
O que me assusta, é a falta de saudade...
A saudade que não sentem de mim... não é a solidão
Que me faz sentir só, até conversamos, sorrimos,
Ela me traz coisas que, as vezes, gosto de ouvir,
Vamos juntos passear por caminhos percorridos
Que não se esquece, vamos ver o por do sol,
As vezes até choramos, ela chora com meus olhos,
Nos perdemos em devaneios, em histórias vividas,
Coisas que passei, ela traz quando estamos sós.
Não é a solidão que me assusta mas... a saudade
Que não sentem de mim. Ah! Se eu soubesse
De uma saudade de mim sentida por aí...
Me perderia em fazer-me poesia, em fazer 
Dos amanhãs versos cheios de sorrisos...
Quem dera sentissem por mim a saudade
Que sinto de mim (?) mas... não é a solidão
Que me assusta.

José João
30/09/2.018

A preços módicos.

Hoje, preciso me desfazer de tantas coisas,
Coisas que se criam no tempo, chegam...
Sem que eu pessa, ficam, se guardam em mim,
Mas sempre se fazendo mais e sempre mais,
Por exemplo, minhas lágrimas, quero vendê-las,
Estão em promoção, mas não podem levar
As que chorei por apenas uma saudade,
Se quiserem mais, vendo os prantos, esses,
São de todas as saudades que senti.
Tenho senhos, vendo a preços módicos...
Sonhos antigos, de outro dia, até sonhos
Que ainda não seonhei. As dores... essas,
Não estão a venda é para doação, mas...
Ninguém as quis. Tenho saudades completas,
Pedaços de saudade, as mais doídas que senti,
Mas podem ser negociadas, se comparem
Também as tristezas, essas... foram tantas!!
Estou vendendo-as em singela promoção.
Tenho sorrisos, mas são falsos, os verdadeiros
Há muito se perderam, os falsos são mais caros,
Porque dói sorri-los (a alma não gosta).
Tenho tanto, só não tenho versos alegres... esses
Estão em falta...até quando ... não sei

José João
30/09/2.018

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Por um instante apenas

Onde estás que não te ouço a voz?
Corro no tempo a procurar por ti
Carregando no peito dor tão atroz
Buscando o que contigo um dia vivi

Que mais posso fazer senão sonhar-te?
Fazer que os olhos chorem essa saudade
Que aflige desde a alma ainda a adorar-te
A te fazer minha toda e maior verdade

Dou-me a te nessa saudade que sinto
Nesse pranto que me vem e tanto choro
E nele, como oração, ao tempo imploro

Um instante, tão breve quanto terno
Não maior que um pulsar do coração
E ainda assim te juro, dele faria eterno

José João
28/09/2.018

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Uma história perdida

Me pego ao sonho de me buscar no tempo
E assim me vejo naquilo que já foi vida
E soletrando letras que aprendi a esmo
Me leio em páginas nunca antes lidas

Me vem a saudade num cantar tristonho
E dentro das páginas nunca antes lidas
Chorar, por mim mesmo então me ponho
Como se eu fosse a históra de mim perdida

Escuto a solidão me falando e eu nem sei
Se o que ela diz são coisas que já vivi
Ou vontade de sentir o que eu nunca senti

Se na noite, vier acariciar meu rosto o pranto
Ou brincar de nele esrever saudades idas
Vou fingir que sou eu essas páginas relidas

José João
13/09/2.018

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Sei chorar sozinho

Que dos olhos caiam as mais doídas lágrimas,
Como fossem farpas ponteagudas de saudade
Que se façam dores os gritos na alma gritado
Que se faça história todo meu pranto chorado

Se hei de chorar o silêncio de quem nada diz
No calar da voz a negar palavras não ditas
Que me seja a dor do adeus minha verdade
Não me incomoda chorar a dor da saudade

Que passa, quando o tempo se fizer maior
Quando outro acontecer brincar de chegar
Quando de outra voz se fizer ouvir o cantar

Tenho muitos prantos, sempre soube guardar
E se hei de chorar esse silêncio por imposição
É melhor chorar só, brincando de solidão.

José João
04/09/2.018






Lágrimas... uma poesia viva.

Minha tristeza sempre conversa comigo a sós,
Num silêncio tão difícl de ouvir, mas uma dor
Tão fácil de chorar! Ausências... sonhos que agora
Se fazem tão dificeis de sonhar! Gritos e angustias,
Medo que a solidão seja mais forte que viver...
Lembranças de palavras ditas, outras ouvidas
Que vão se fazendo distantes, vão indo ao nada
Como não precisassem terem sido ditas, nem ouvidas.
Me percebo na solidão de dentro de mim...paro...
Me procuro, corro por entre os ontens... buscando
O que nem sei. Me sento na noite com a insônia
Me  deixando desperto e contando histórias 
Que sei de cor, e o tempo, lento, como se o amanhã
Não fosse preciso chegar, me deixa só, ouvindo
Apenas a noite me contando coisas de mim.
Meus olhos, na ansiedade de gritar o que sinto,
Vão, lentamente, em soluços de lágrimas,
Escrevendo versos tristes em meu rosto,
Como se eu apenas precisasse chorar para
Fazer uma poesia viva... chorando comigo

José João
04/08/2.018