sábado, 31 de maio de 2014

Hoje... sofrer é mesmo sofrer.

Estradas perdidas, passos apagados pelo tempo...
Lembranças quase mortas chorando perdidas no nada,
Nesse vazio que o esquecimento faz questão de deixar,
Mas o pensamento insiste, teimoso, em buscar pedaços
De mim, dos momentos que vivi e que insistem em ficar.
Lembro dos meus segredos inocentes, meus desejos,
Meus sonhos de jovem sorrindo entre minhas verdades
E fazendo parte delas. Lembro meu silêncio escondendo
Meus segredos, minhas lágrimas brincando nos olhos
Por saudade tão criança que só durava até um outro olhar
Quando, outra vez, meus olhos brilhavam, o peito gritava
Aquela paixão que se fazia verdade, ou outro sonho.
Meus medos. Ah! meus medos! Tão grandes, tão maiores
Que eu, quase me sufocavam, me faziam calar. Medos,
Hoje rio deles, quem me dera hoje fossem os mesmos.
Ah! Como não sabia o que era sofrer! 
Hoje, meus prantos são tão reais como é a saudade,
Como é essa tristeza que pego com as mãos e ponho
Nos olhos. Hoje, sofrer é mesmo viver...ah! Sofrer


José João
31/05/2.014




Minhas poesias são cheias de mim

Não quero minhas poesias secas em versos vazios,
Quero-as cheias de mim, do que sente minha alma,
Cheias das minhas mais intimas dores, alegrias, tristezas,
Repletas de todos os sentimentos que sinto.
Que minhas poesias se façam o que diz cada momento,
Se preciso, que chorem com minhas lágrimas,
Que sorriam com meu sorriso, que não finjam nunca,
Sejam completas, do tamanho do sentimento
Que a alma sente. Que as palavras não se façam mais,
Nem se façam maiores, que as palavras não mintam,
Apenas traduzam na medida certa o momento da alma.
Se a dor for de um adeus, que a poesia grite o adeus
Do tamanho que minha alma sente, na medida certa,
Como se as palavras fossem feitas para aquele adeus.
Se for dor de solidão, que a poesia, em silêncio,
Se escreva em lágrimas, molhe os versos nos prantos 
Que a alma chora, se perca nas rimas soltas,
Em versos do tamanho que é a solidão, sem mais...
Nem menos. Se a dor for de tristeza...que a poesia
Me deixe chorar deitado em seu colo e acalente
Meu sono declamando versos que só sei sentir.


José João
31/05/2.014

Além de todas as verdades

Não há de ser nada essa dor que agora sinto,
Mais seria, se de ti,  não tivesse essa saudade
Que me faz te sentir toda ainda como verdade
Embora, aos gritos, a alma diga que eu minto

Diz ela que não me és apenas e só saudade
Que muito além de toda e qualquer verdade
És muito mais, talvez mais que a própria vida
Que sem ti, até sonhar, eu nem mais consiga

Quedo-me realmente a tão tenaz desespero,
 Ao medo que um dia a saudade vá embora
Essa saudade que a alma sente e por ti chora

Mas não com lágrimas frias cheias de tristeza
São prantos que trazem os sonhos em que estás.
E dizem baixinho: Sempre dentro de mim ficarás


José João
31/05/2.014










terça-feira, 27 de maio de 2014

A eternidade dos nossos momentos

Te amei com toda força de minha alma,
Te amei como se a vida, para ser vivida,
Não precisasse de mais nada. Só desse amor,
Que me tomava de mim e me entregava sem reservas,
Todo e pleno só pra ti. Te fiz minha essência e, amor,
Se hoje, em desespero incontido, grito tua  ausência,
É que essa dor se fez muito, mais que tudo que posso
Suportar. Hoje, repito na demência de minha solidão,
As palavras que te dizia, quando nossas almas,
Brincavam de fazer versos com o cheiro de nós dois,
Quando ela fazia nossos corações pulsarem na harmonia
De um só, quando se confundiam sentindo a mesma alegria.
E pulsavam dentro de nós como se gritassem nossos nomes,
Em sorrisos inocentes cheios da vontade que nós.
Hoje, apenas lágrimas, que saem como pedaços de mim,
Cada uma, uma história, e são tantas, cada momento
Por nós vivido, era uma história completa, infinita
E eterna, tanto que o tempo se esqueceu de nós,
E nos deixou assim, você eternamente dentro de mim,


José João
27/05/2.014

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Ora se não foi a sorte!

Ora, que me diga a sorte, que a mim se fez mesquinha,
Entre risos, quais meros deboches em ironia infinda
Que as tantas dores que choro agora não são minhas
E que por castigo haverei de chorar dor maior ainda

Ora que me diga o tempo contando dias contando anos
Que aquele adeus haverá de ainda ser bem mais sentido
Se diz a sorte que meus prantos por mentira são profanos
Que ela faça que não chore nenhum adeus por mim vivido

Ora, como pode a sorte, mesquinha, a mim me censurar?
Se foi ela que virou as costas... exato quando precisei
Ia indo por caminhos que o destino me mandou passar

Foi ela a mesquinha sorte que a mim me mandou voltar
É culpa dela toda essa tristeza que vêm em meu olhar
É por remorso que ela diz ser fingido esse meu chorar


José João
26/05/2.014




domingo, 25 de maio de 2014

Meus olhos não podem mais chorar

Hoje não chorei, minhas lágrimas se perderam,
Na verdade, meus olhos não podem mais chorar,
Tanto já foram os prantos derramados!
Sem lágrimas para chorar minhas dores, sem prantos,
Para, nos braços da solidão, deixar os olhos brilhantes,
Ficaram cor de tristeza, ficaram vazios, ficaram como eu.
Meus olhos não podem mais chorar, estão dementes,
Perdidos no tempo sem horizontes para buscar,
Pequenos pedaços de minha alma agora calados,
Mudos, só sabiam gritar com os prantos chorados,
Que saiam como lamentos, soluços, gritos da alma,
Hoje choro nas poesias que a alma declama triste,
Nos versos perdidos que gritam essa tanta dor,
E os olhos, mudos, perdidos pela falta de lágrimas,
Se prendem fixos no chão como envergonhados,
Por agora só saberem olhar, perderam sua essência:
Fabricar lágrimas para que a alma, pudesse livre,
Através delas contar a história dessa saudade...
Que até hoje insiste em ficar.


José João
25/05/2.014



sexta-feira, 23 de maio de 2014

Eu...um pedaço de ti

Me deixaste as tuas marcas, na alma, na vida,
Te deixaste ficar dentro de mim como se eu fosse teu,
Me deixaste como se a vida fosse minha própria loucura...
Te fizeste tanto... tanto te permitiste em mim, que nada,
Nada que não seja teu pode estar ou ficar comigo.
Os beijos! Que outros lábios posso beijar se nos meus
Ainda estão as marcas e o gosto dos teus?!
Adorar-te? Para isso nasci, te faço oração, imagem pura
Que meus olhos se extasiam na beleza que neles deixaste.
Que mais há além de ti? Apenas Deus, ainda assim 
A admirar-se por tanta perfeição! Orgulhoso de sua 
Perfeita e divinal criação. Ah! Como estás em mim!
Que mais posso querer, se na verdade, essa tua saudade
Me preenche, me deixa repleto desse sentimento,
Que não sei dizer, só sei sentir. Loucura? Talvez...
Doce loucura de te fazer a melhor parte de mim,
Esse pedaço completo, que me faz ser minha vida,
Apenas uma parte de ti.


José João
23/05/2.014




Brincando de viver

Aprendi a viver...sozinho, brincando com minhas dores,
Correndo com a solidão em jardins vazios, mãos dadas,
Sorrindo lágrimas, fazendo versos sem rimas e sem  histórias.
Aprendi brincar de esconde-esconde com a tristeza...
Que sempre me encontra escondido dentro do vazio de mim.
Aprendi ser só, a me ouvir, a me debruçar sobre meu ombro,
.E me falar  palavras que ninguém nunca me disse,
Aprendi a ouvir meus soluços como se fossem canções
Que o tempo canta para acalentar a dor que fica como saudade,
(A solidão permite a dor ser acalentada pela canto do tempo)
Aprendi a colorir minhas lágrimas...cor de pedra,
E como pedras se arremessam para fora de minha alma,
Furiosas, gritando blasfemas e... mais sólidas ficam,
Quando se misturam com a violência de um olhar furioso
Que por nada ver se perde na distância de uma estrada vazia
Esperando até mesmo uma sombra... que nunca vem.
Aprendi a ser só e por tanto ser, dou adeus ao nada
Para sentir...pelo menos uma saudade.


23/05/2.014







Tua ausência...minha loucura

Te busco entre meus momentos, entre meus sonhos,
Nas minhas noites de solidão silenciosa e triste,
Nas madrugadas frias, no despedir-se das estrelas...
Te busco na minha loucura de sempre ser teu...
Loucura! Sim, de caminhar nas ruas procurando teu rosto,
Entre os tantos e tão estranhos que se apressam em passar
Sem me notar, sem me ver...procurando um pedacinho de ti,
Um pedaço de olhar, o jeito de um sorriso, mas não estás.
Sigo, malfadado e triste, cabisbaixo, com cheiro de melancolia,
Com gosto de tristeza e cheio vazios, desses que fazem
A dor ser mais doída, por nos fazer apenas ...nada.
Ouço pedaços de palavras perdidas ditas pelo silêncio,
Que de dentro de mim, sai como lágrimas a gritarem perdão
Pelo tanto pecado de apenas ter sonhado... amado,
E se entregado sem medo de chorar ou de ser feliz.
Assim, mesmo entre prantos, em insana e vã procura,
Te busco entre meus sonhos, entre as horas que em sombras
Se fizeram, como se a luz caísse morta no chão do dias
Que apenas se arrastam como se fossem ...cegos


José João
23/05/2.014

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Te amo com a alma


Te amo, não como te amei ontem,
Te amo como te amo hoje...mais que ontem...
E muito menos do que vou te amar amanhã...
Te amo além do tempo, além da vida, além de mim.
Vou te amar tanto, e sempre e mais...
Que meu coração haverá de gritar teu nome
Como se fosse oração a ser rezada nas manhãs,
Nas noites, nos momentos, nos dias...na vida...
Que passou a ser vivida porque existes.
Te amo, não como tantos amam por aí,
Te amo com toda  força de minha alma
Que te busca na verdade dos sonhos...
Te amo, não com esse amor que se diz com palavras,
Mas com esse amor que o coração parece
Querer sair do peito para pulsar com o teu.
Como se fosse a vida gritando para alma
Que és a essência de toda vida. Te amo assim.
Através do tempo, por cima do adeus,
Que não não nos dissemos mas existiu,
Além de nossa vontade, Te amo...te amo
Te amo até além dessa saudade que fica no peito
Gritando teu nome para que alma te lembre sempre.

         José João
                                         22/05/2.014                                  





terça-feira, 13 de maio de 2014

O que um adeus me ensinou

Aprendi tanto depois daquele adeus, um adeus
Que até meus olhos ouviram... nunca esqueceram,
E até hoje...quando lembram, choram tristes.
Aprendi com os dias de solidão, essa solidão
Que nos toma os sentidos, que faz da vida 
Apenas um viver, onde as emoções definham na alma,
Que amar é o começo feliz de uma saudade triste,
Por isso o amor não morre nunca apenas troca de nome.
Aprendi a acreditar que os olhos falam e as lágrimas 
São palavras que os homens não conseguem traduzir,
Só a alma daqueles que fizeram do amor uma oração.
Um adeus e aprendi tanto! Aprendi que sorrir
É uma maneira que a alma encontra para enganar a dor,
Por isso nem todo sorrir é um sorriso. As vezes
Sinto medo dos sorrisos, até dos meus... sozinho,
Choro com minhas lágrimas... na multidão, choro
Com meus sorrisos, por isso nem sempre...
Sorrir é estar feliz. Aprendi tudo isso com um adeus,
Que até hoje meus olhos nunca esqueceram.


José João
13/05/2.014



A dor de uma saudade

Essa dor que dói tanto não seria tão doída
Fosse uma dor por falta, por carência,
Fosse assim, haveria lugar no coração
Para buscar histórias e viver outros momentos,
Para ter sonhos novos, para sentir a ansiedade
De um encontro, dessa ansiedade que arrasta as horas,
Deixa como loucura a vontade de estar perto.
Ah! Se fosse dor de carência! Mas não é,
Apesar do coração está repleto, cheio, a transbordar,
Mas é de saudade... tão grande que nem deixa lugar
Para qualquer pensamento que não seja teu
Não há lugar nem para um sonho que não seja contigo,
Assim fica essa dor, a se fazer tudo que sinto.
Minhas lágrimas agora têm a cor da saudade,
O jeito da tristeza, o gosto de um adeus...
Meus dias se fizeram apenas pedaços de tempo,
A se arrastarem sem que saiba das horas,
Cada segundo é como se fosse um lágrima,
Que o tempo chora por pena dos meus olhos.


José joão
13/05/2.014






sexta-feira, 9 de maio de 2014

Não há nada... além de ti

Me perdi na forma sutil da tristeza se fazer solidão,
E assim fiquei, parado no tempo, cercado de saudades
Que se faziam dor, e vãs, eram as tentativas de esquecer
O que há tanto já havia se feito passado, assim pensava.
Tudo voltava em fragmentos vivos, pedaços de sonhos
Cresciam no tempo, ficavam como se fossem de agora,
Verdades de ontem, que mais aumentavam a dor.
Até os olhos iam buscar imagens perdidas,
Imagens que o tempo deixou ficar, tão fortes se fizeram
Que se deixaram ficar grudadas na alma como cicatrizes
Mal saradas, que qualquer pequena lembrança pode reabrir,
Tornar outra vez dolorida ferida, como a que se abriu agora,
Por toda essa descabida saudade que sinto, e me vem,
Até ao ouvir um nome parecido com o teu,
Aí tudo começa outra vez. As lágrimas brincam nos olhos,
A voz se faz reticente, o olhar se perde no nada,
O suor escorre na fronte como se fosse copioso pranto
Que a alma chora sem ter medo de se mostrar chorando...
E tudo fica como se nada pudesse ir além de ti.

José João
09/05/2.014

Meus sonhos se calaram

 Meus sonhos se calaram, é meu remorso que grita
Castigando minha alma, cobrando todas as palavras
Que não te disse, todos os beijos que não te dei,
Os olhares que não trocamos. Se ao menos essa dor
Fosse de saudade! Talvez não doesse tanto,
Mas é por tudo que pude fazer e não fiz.
Sinto faltar dentro de mim esses pedaços de nós,
Que hoje não se fariam falta mas... apenas saudade
E não essa angustia, essa dor desvairada que consome
Os dias, pensamentos e me fazem essa vontade de chorar,
Como se todos os outros momentos se fizessem pouco,
Pequenos, por tudo que não fizemos, por minha culpa,
E isso é o que dói mais, ser o culpado da minha própira dor.
É esse remorsos que deita minha alma no nada,
Encharcada em prantos como se chorar fosse preciso
Para a vida se fazer viva, fazer o coração pulsar
Como se cada pulsar fosse um soluço ou uma lágrima.
Quem me dera toda essa dor não fosse dor,
Ou se fosse, que viesse com a saudade, assim doeria menos,
Teria você em todos os momentos, sem faltar nenhum,
Nenhuma palavra, nenhum beijo, nenhum olhar...
Nenhum pedacinho de nós dois. Não é só tua ausência
Que me maltrata, é o remorso, que faz minha saudade
Não ser completa


José João
07/05/2.014

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Não disseram que o depois doía tanto

Estou triste, meus sonhos caíram ao chão como pétalas
De flores mortas, indo ao tempo, rolando no nada
Como se nunca tivessem sido sonhos verdadeiros,
Caíram como caem as folhas no outono...e se vão...
Rotas, secas, como se nunca tivessem sido verdes,
Assim se fizeram os tantos sonhos que não pedi
Para sonhar, mas me foram dados, e não sei porque.
Talvez não tenha entendido o que é amar...o amor,
Talvez não tenha entendido o que é se entregar...
Não me disseram a afinidade entre o amor e a dor,
Mas...e se tivessem dito? Será que eu acreditaria?
E quem poderia dizer que sofreria? As vezes, viver,
Sofrer são tão parecidos! Só não sabia que era tanto,
Mas tão tanto, que nem fingindo se esconde a dor,
As horas se arrastam lentas, as lágrimas se enchem
De vontades, se tornam vaidosas, donas dos olhos,
Não escolhem hora pra se mostrarem ao mundo,
Em qualquer lugar elas pulam ao tempo gritando
Saudades, fazendo caminhos de angustia no rosto,
Deixando a tristeza brilhando com os prantos
Que até a alma chora.


José João
05/05/2.014


Como são poucas as palavras!!

Eu queria saber inventar palavras, para fazer poesias
Que dissessem tudo que preciso dizer, com palavras
Que essas palavras de agora não conseguem contar.
Palavras que possam dizer de todo esse amor,
Que possam contar sem medo de errar, que vivo
Por ter esse sentir dentro da alma e de mim.
Queria saber inventar palavras, assim como invento
Os sonhos que sonho contigo, sem poder contar para o mundo,
Porque  as palavras de agora, tão pouco elas podem dizer.
Como falar de tudo que está dentro de mim (pra ti)
Se a maior quantidade que as palavras podem dizer:
É infinito...como falar desse sempre, desse para sempre
Que não se pode medir porque a palavra para dizer isso
É apenas eternamente, tão pouco para o tanto que sinto.
Ah! Se eu soubesse inventar palavras! Talvez meus versos
Fossem completos, talvez entendessem esse tudo que sinto,
Essa loucura que chamam de amor, mas é tão pouco para dizer
Esse tamanho...esse tamanho, esse infinito, esse eterno...
Esse...esse...como são poucas as palavras!
Como são pequenas as palavras!... para o tamanho
Do que sinto.


José João
05/05/2.014

domingo, 4 de maio de 2014

Solidão

Estou só. A solidão me grita como  louca,
O silêncio ouve minha alma soluçando triste
A sensação de se sentir sozinho, a carência,
De pelo menos um sonho para sonhar... dói tanto,
Que nenhum pranto consegue aplacar essa dor.
Corro desesperado no tempo, a alma se ajoelha e chora,
E aos prantos pede que pelo menos um pedaço,
Um pedacinho de ti, seja trazido pela madrugada,
Que vem chegando com o perfume do alvorecer do dia
Que parece ser o teu. Ouço o tempo se arrastar na noite,
Lento, como se não quisesse ir, como se preferisse me ver
Curvado sob o peso da dor que tua ausência faz.
Todas as esperanças foram embora, ficaram perdidas
Em estradas vazias por onde passei. Ah! louco destino!
Escrito por um poeta triste, em que sua rima mais perfeita
Rimava versos inacabados de amor, com versos completos,
Repletos, cheios de dor. Assim, enfeito minhas noites,
Pinto o silêncio com a cor da saudade, faço a solidão declamar
Poemas vazios com palavras soltas, deixo a alma vestir-se
Em pedaços de sonhos sem forma e de lembranças rotas.


José João
04/05/2.014



sábado, 3 de maio de 2014

As marcas de um adeus

O espelho me mostra as marcas do tempo em meu rosto,
Marcas que não se pode esconder da alma.
O olhar cansado, as pálpebras caídas, olheiras, 
Sobrancelhas e cabelos grisalhos, já quase nuvens,
Sorrisos escondidos nos lábios reticentes,
O tempo a franzir a testa com rugas como se fossem 
Cicatrizes contando histórias, contando lembranças.
Senti saudade de mim, do sorriso aberto da esperança
Viva que me fazia ir, sem medo, buscar sonhos,
Muitos se fizeram verdades vivas, outros só ficaram
Mesmo sonhos, uns até hoje ainda vivem em mim,
Outros já foram esquecidos, ficaram perdidos no tempo.
Que bom, o espelho só mostra o rosto, não mostra a alma,
Assim meus segredos ficam guardados, minhas lágrimas,
E muitas vezes convulsivos prantos, ficam guardados,
Escondidos, como segredos de minha vida... meus segredos.
Ah! Esse rosto que desaprendeu sorrir! Esse olhar perdido
Como se buscasse no nada o que não pode mais encontrar,
Esses suspiros doloridos como se chorassem saudade,
Essas mãos tremulas, postas em oração, pedindo contritas,
Que aquele adeus um dia ouvido, se fizesse esquecido,
Não contrastasse com o velho rosto, esse adeus tão doloroso
Que parece ter  sido dito ontem.


José João
03/04/2.







as 014

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Uma história e um segredo

Te vejo sempre, minha alma manda o pensamento
Ir lá atrás, no tempo, em busca de ti, de nós.
Os tantos momentos ficaram presos na memória
E se fazem lembranças vivas como se tudo tivesse sido ontem.
Teu olhar doce, meigo, teu jeito terno de me dizer te amo,
A maciez de teu corpo, o perfume que até hoje me enebria.
Nossos segredos continuam nossos, ternamente serenos,
Guardados dentro de minha alma como relíquia da vida,
Sussurros, suspiros, tudo ainda guardado dentro de mim
A se fazerem orações de amor rezadas no meu silêncio.
Tudo ainda está tão vivo! Meus momentos tão cheios de ti,
Ficam gritando teu nome e a saudade de nós me toma...todo
Até a poesia  brincava com as quatro letras de teu nome,
E ele enchia os versos de encantos, da ternura que se fazia
Viva dentro do poema que por si só, já se fazia teu.
Uma tarde, um olhar, um adeus e tudo ficou vazio,
Os momentos se fizeram sonhos perdidos, lembranças
Presas na alma, uma saudade para sempre...uma história,
Guardada no tempo, um segredo e nele... minha vida.


José joão
30/04/2,014