domingo, 26 de fevereiro de 2023

Voltaram com o bezerro de ouro

Deus, desculpa! Não sei como pedir perdão!
Não sei como te mostrar o que fizeram com tua criação!
Com a humanidade. Ousaram pintar teu filho
De loiro, olhos azuis, atleta,  um verdadeiro pop star.
Outros o arrastam no chão como se fosse um vencido,
Estão zombando do teu nome, profanando tua imagem,
Mostrando um satanás  bem maior que os homens,
Esses a quem fizeste tua imagem e semelhança.
Deus, os homens se perderam na frieza de cada um,
Desesperador ver como estão se perdendo ...
Depois que te mataram em seus corações patéticos e frios.
Pisam nos teus ensinamentos, profanam tua existência,
Brincam com o calvário do teu filho Jesus Cristo...
Estão perdidos, estão ouvindo os próprios homens,
Criaram um deus que a tudo permite, na verdade...
Te mataram em seus corações e se fazem deus...
Mas Sr. ainda bem que mostras quem és ao tempo
E ao homem mas... muitos insistem em não ver,
Estão cegos... Deus, esperamos teu Filho...
E que seja feito a tua vontade.

José João
26/02/2,023

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Hoje, me fiz dono do mundo

Hoje me senti dono do mundo...
Desenhei teu rosto com estrelas,
Mandei que o vento cantasse  teu nome
Que os anjos te dissessem amém em prece...
Hoje me senti dono do mundo...
Separei todos os sonhos que sonhei contigo
Deles fiz histórias divinas como fossem orações.
Colhi flores em jardins santificados e em cada uma
Escrevia teu nome que ia como perfume ao mundo
Levando a leveza de uma alma cheia de amor...
Fiz laços de nuvens para enfeitar meus sonhos...
Com pedaços de luar fiz a moldura para teu rosto
Pintado com as cores do horizonte ao por do sol...
Fiz do sol um teu abraço a me aquecer e... sonhei...
Te vi sorrindo entre nuvens e... chorei... 
Chorei tua saudade... não com com qualquer pranto
Mas com as águas de uma fonte mágica
Que te faz viva sempre que te busco na alma

José João
24/02/2.023

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Minhas rugas... um livro em meu rosto

Esse é o meu mais novo rosto, o rosto de hoje,
Com algumas jovens e vaidosas rugas de ontem
Que ouvem as tantas histórias das mais antigas
Que se fizeram confidentes mudas por tão amigas.

Os olhos... hoje já cansados, se espantam ao vê-las
E me dizem, olhando o tempo, ser testemunhas delas
Quando se desenham como histórias em meu rosto
Numa escrita indecifrável que escrevem a seu gosto

Quantas vezes foram acariciadas por tristes prantos
Que vinham desde a alma chorando doídas perdas...
Minhas velhas rugas com os olhos também choravam
E piedosas, meu rosto triste, ternamente acariciavam

Criadas outro dia... nem as tinha, nem delas precisava
Pra quê? Escrevia minha  história de vida ao meu prazer.
Criava sonhos, brincava de parar o tempo. Parar o tempo!!!
Hoje, não fossem minhas rugas o rosto não teria o que dizer  

Cada uma delas é uma história, as vezes até uma saudade...
No espelho, elas me lembram coisas que não esqueci,
Meus olhos, mesmo cansados, brincam de passear por elas, 
Rimos, a nostalgia toma conta de mim ao contarem o que vivi.

José João
20/02/2.023

domingo, 19 de fevereiro de 2023

Entre os silêncios só se ouve o coração.

Sonhos, desses sonhos que se sonha acordado,
Assim como fossem apenas desejos ou pensamentos,
Desses que se perderam lá atrás no passado
Indo entre o tempo e a vontade. Mais que sonhos
Ao se fazerem uma tênue verdade a ser vivida.
Entre tantos horizontes distantes, de diferentes coloridos,
Uma voz, ao som do vento, se faz ouvir entre os silêncios
Como fosse uma canção a ser cantada entre os sonhos,
Indiferente à distâncias, ao tempo, apenas se fazendo ouvir
Abrindo corações e neles se aninhando inocente.
Pequena se faz a distância quando a voz não cala,
Amantes se fazem de novos sonhos que nascem e ficam
Carentes nos dois corações que a uma só voz
Gritam entre os tantos nãos se buscando sem medo
Dos desencontros, mesmo por estradas desconhecidas.
O mundo se fez pequeno nessa página do destino.

José João
19/02/2.023


sábado, 18 de fevereiro de 2023

Minhas três Marias

Veem aquelas três estrelas? Sempre juntas?
Eu as nomeei de amor, saudade e solidão
Elas sempre me lembram o que fui um dia
A alegria da vida, do quanto eu alegre, sorria

Vivia o amor a cada momento, tudo era luz
Corria entre jardins, mãos dadas, sorriso solto
Promessas eternas como se o tempo parasse
Assim, o amor, a cada momento se eternizasse 

De repente, a saudade, contando histórias vividas
Pedaços de momentos tão difíceis de esquecer,
Essa saudade que faz chorar sem a gente querer
Por algum tempo me acalentou, vinha me aquecer

Mas logo... até ela se foi! Então veio a solidão
Trazendo vazios, pedaços rotos de pensamentos
Como se tudo tivesse se perdido dentro do nada
Minhas três estrelas contam minha história caladas

José João
18/02/2.023

Essa saudade que te traz sempre

Ontem te vivi na saudade que deixaste
Até brinquei de te beijar o rosto, a fronte
Deixei que minha alma se enchesse de te
E assim, te fiz em mim, dourada fonte

Nomeei flores e pelo perfume dei teu nome
O perfume é para sempre, eternamente divino
Enquanto a beleza é passageira, desvanece
Assim ficas no tempo como fosses uma prece

Rezada entre as Ave Marias no sol poente
Gritada pela alma em coro com os anjos
Numa entrega singela, com fervor ardente

Ontem te busquei no tempo, te fiz tão real
Que te ouvi na voz da brisa sussurrando cantos
E meus olhos te louvaram chorando em prantos.

José João
18/02/2.023

domingo, 12 de fevereiro de 2023

Não sei

Não sei se ainda estão guardados os olhares,
Os beijos, todas as carícias que nunca dei.
Não sei se minha alma guardou como relíquia...
Talvez tenham se perdido no tempo mas... não sei.

Vou buscar os momentos, até os mais distantes,
Detalhes que ficaram na alma e não sei se guardei,
Saudades... tantas que até hoje por algumas choro
E os prantos! Porque os guardei? Até hoje...  não sei

Porque me perguntam de lágrimas que tanto chorei?
Porque meus olhos insistem em gritar com prantos?
Me ponho a pensar dentro da solidão, mas... não sei.

Não sei se me deito no tempo vendo o que já sonhei
Não sei se grito a angustia que minha alma sente
Talvez os amanhãs me mostrem o que ainda... não sei

José João
12/02/2.023