Mas dizem ser loucura, que isso nunca sonhei,
Lustrava as flores de um jardim com o pranto
Pétala por pétala, só não lembro porque chorei
Ao longe, um horizonte pintado cor de saudade
Brincava de colorir o tempo, o sol parecia sorrir
Um sorriso bondoso, cálido, sorriso de por do sol
Enternecendo até a tristeza que ia sem a alma ferir
A brisa, em suave canto, parecia um gorjeio divino,
As folhas dançavam alegres uma valsa desconhecida
Nuvens, esculturas vivas, flutuavam enfeitando o céu
E lentamente iam, sem pressa, parecendo inocente véu
Eu, em meu sonho, continuava lustrando as pétalas,
E elas, depois de lustradas, ficavam lindas, um encanto
Há quem diga que esses sonhos são minhas loucuras
E se dissesse que também lustro o tempo com o pranto!
José João
11/11/2.025

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