sábado, 1 de novembro de 2025

Só o pranto para chorar uma presença...ausente

 Não guardei apenas lágrimas, guardei muito mais
Guardei lágrimas, prantos, são bem mais que lágrimas
Bem mais eloquentes, são gritos desesperados da alma
Se fazem rios, nenhuma dor para o pranto é demais.

Porque guardei tanto? Um dia haveria de sentir saudade
E como se  chora uma saudade sem um rio de pranto?
Como chorar a dor insuportável de uma presença ausente?
Da ausência de quem está bem ali,  bem na nossa frente?

As vezes a presença é tão forte que perfuma o tempo
Até parece que toma a voz do silêncio e fala baixinho
Outras vezes é a brisa, traz o dizer na voz do vento

Não pode haver ausência do que está dentro da gente?
Os olhos não veem, não importa... é a alma que sente  
Só o pranto chora a ausência do que a saudade faz presente

José João
01/11/2.025


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