Guardei lágrimas, prantos, são bem mais que lágrimas
Bem mais eloquentes, são gritos desesperados da alma
Se fazem rios, nenhuma dor para o pranto é demais.
Porque guardei tanto? Um dia haveria de sentir saudade
E como se chora uma saudade sem um rio de pranto?
Como chorar a dor insuportável de uma presença ausente?
Da ausência de quem está bem ali, bem na nossa frente?
As vezes a presença é tão forte que perfuma o tempo
Até parece que toma a voz do silêncio e fala baixinho
Outras vezes é a brisa, traz o dizer na voz do vento
Não pode haver ausência do que está dentro da gente?
Os olhos não veem, não importa... é a alma que sente
Só o pranto chora a ausência do que a saudade faz presente
José João
01/11/2.025

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