terça-feira, 28 de novembro de 2023

Minha alma e eu

Por vezes, minha alma em desespero grita dentro de mim,
Gritos eloquentes trazidos por um pensamento silencioso
Que chega sutil, contando, como fosse segredo o que ela diz,
Ouço calado, nada digo, mesmo o coração pulsando ansioso

As vezes me manda sentir a saudade que ela gosta de sentir,
Se for uma saudade triste, já manda para os olhos, o pranto
Mas nem sempre é assim, existem algumas saudades alegres
Se são essas, dá luz ao olhar e o faz de verdadeiro encanto

Mas nem sempre é assim, ela também chora nossas dores
Tem suas próprias lágrimas, até mais tristes que as minhas
Assim choramos juntos, eu nos versos e ela nas entrelinhas

Juntos, fazemos nossas poesias, ela dita os versos, as rimas
Traz saudades, tristezas, traz até momentos por nós vividos
Aí nos fazemos apenas um, sentindo os mesmos sentidos

Autor: JJ Cruz
Academia Mundial de Cultura e Literatura
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
28/11/2.023 

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Salteando as linhas vejo a razão

 Mais que um simples dizer... ou um simples ser,
Salteando os versos para ver nas entrelinhas
Essa tanta forma de se fazer viva no sentimento.
Nunca se sabe o que somos e ao que aqui viemos
Raro quem saiba e se entregue ao que veio,
Assim se faz a vida, o viver, o ser, o existir.
Como se pode ver em nós o que realmente somos? 
Talvez, aos outros, seja dada a permissão de ver...
E sentir, nos dias, nos anos, aquilo que somos
Nas coisas que não são vistas, são apenas sentidas
Dar-se ao mundo é fácil, mas quem sabe a razão do estar?
Quem sabe dos sentimentos, da maneira de servir?
Esta é a pergunta que não se sabe como responder
Os humanos! Nós que vaidosamente nos achamos tanto
Será que sabemos ver o que os outros vêm em nós.

Academia Mundial de Cultura e Literatura
Acadêmico: JJ Cruz
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
27/11/2.023


sábado, 25 de novembro de 2023

Amar... do começo ao fim da poesia

 Assim é viver, mesmo entre os  sorrisos e as lágrimas
Melodia que chega na alma sem precisar de orquestra,
A musica é o pulsar do coração embalado, embevecido
Rindo do tanto prazer de gritar te amo... e ser ouvido

Ah! Quanto tempo dura um sentimento vindo da alma?
Marcando o tempo, conferindo os dias, sem saber contar,
Apenas lembrando os ontens, vivendo o hoje sem temor
Revendo o amanhã sabendo que será um outro belo sonhar

A vida!! Que seria se não houvessem sorrisos e prantos?
Mostrando que viver é arte, que chorar tem seus encantos
Ao se ver que as lágrimas nem sempre são assim tão tristes
Rolando pela face algumas até mostram que alegria existe

Nada fala melhor de prantos e saudade que uma doce poesiA
Quando, na alma, um sentimento lhe toma, todos se calaM
Parece um anjo divino, com doce voz, que ao mundo cantA
A poesia, como se fosse um gorjeio conjugando o verbo amaR

JJ Cruz
Academia Mundial de Cultura e Literatura
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
25/10/2.023

A poesia, o amar e o (re)começar

Busco poesias lá dentro da alma... de dentro de mim
Como fossem pedaços de mim, do tempo e de vida.
Nelas, trago saudades que senti, prantos que já chorei
Tristezas antigas quase esquecidas mas ainda sentidas

A poesia é como um farol, ilumina desde o passado
Vai no mais íntimo e encontra o que se havia guardado,
Busca os segredos, desses que não se quer revelados
Daqueles que, por medo, não se deixa serem sonhados

A poesia é a verdade do poeta, até quando é fingida
Quando chora as lágrimas por tantas tristezas vividas,
E vão em busca de beleza, até dos olhos em prantos
E diz que a alma chorando é o mais belo dos encantos

Se entrega toda nos versos até em rimas desencontradas
Rima tristezas e cantos com ladainhas nunca antes rezadas
Rima em estrofes incompletas até nomes já esquecidos
Diz que a rima não é nos versos mas naquilo que é sentido

Ainda se faz toda rogada, no escrever, nas entrelinhas
Mistérios que só ela sabe, só ela sabe dizer ao certo
Assim escreve-se, a si mesma, num perfeito alinhavar
Rindo diz  que a beleza da vida é sempre (re)começar.

J J Cruz
Academia Mundial de Cultura e Literatura
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
22/11/2.023

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Minhas amantes... as estrelas.

 A mim não importa o movimento das estrelas,
Me basta apenas vê-las... aquele brilho tênue
Como fossem vagalumes enfeitando o céu!
O cintilar de prata, como me emociona vê-las!!

Com elas conversando comigo, invento sonhos,
Histórias, ladainhas, traço rotas entre todas elas
Só não consigo conversar com a estrela cadente
Passa rápido, tal como um flecha incandescente

Ah! As estrelas!! me levam a devaneios distantes!!
Trazem saudades, por vezes... vindas com prantos
Outras vezes lembram algumas promessas perdidas
As vezes vêm num raio de luar despertando encantos!

As estrelas, são minhas mais confiantes confidentes
Passam noites em claro a me ouvirem, sempre caladas,
Choram comigo, escondem as lágrimas entre as nuvens
Se o pranto é como o meu, fingem que estão apagadas

Somos tão íntimos! Elas me chamam pelo meu nome,
Tentei dar nome a cada uma delas, mas disseram não,
Até a Estrela D'alva... aquela de todas as madrugadas
Disseram: somos tuas amantes, vivemos em teu coração.

Acadêmico: JJ Cruz
Academia Mundial de Cultura e Literatura
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
16/11/2.023

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Quando a saudade te traz

 Quantas vezes me veio o pranto por apenas pensar em ti!
As lágrimas se faziam, cada uma, uma letra do teu nome
E traçavam caminhos em meu rosto como fossem tatuagens
Desenhadas até na alma contando histórias do que já vivi

O peito arfando como se o coração quisesse gritar cantigas
Que falassem o que sentia por apenas sentir tua saudade
E assim, lágrimas, prantos e lembranças se faziam vivas
Como se desde muito, desde sempre fossem tão amigas

As recordações traziam emoções e os lábios... tremiam 
Só sabiam sussurrar teu nome como se reza uma oração
E os olhos, perdido no nada, confusos, choravam e riam

No conflito de contraste tão absurdo diziam suas verdades,
Choravam pela tristeza da carência, da falta que você faz
E sorriam por te verem viva...  quando a saudade te traz

Acadêmico: JJ Cruz
Academia Mundial de Cultura e Literatura
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
15/11/2.023

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Como entender a poesia!!!?

 Essas poesias!! As vezes me pegam de surpresa!
Chegam sem dizer nada, se fazem até sem razão
Então corro desesperado, buscando lápis e papel
Aí lhes escrevo até em papel de embrulhar pão

E elas ... tão humildes... não se fazem de rogadas
Se deitam confortáveis como se deitadas em seda
Se criam em rimas como se vindas do coração
Se fazem belas, inocentes como fossem uma oração

Contam das lágrimas, sorrisos, de infindas saudades,
Contam tristezas, de prantos que até caducos ficaram
E ainda hoje, pensam que são de ontem, e a poesia...
Diz, carinhosa, que a alma e os olhos já os choraram

Um dia chegou uma... ofegante querendo ser escrita
Atropelava as palavras, gritava, engasgava os versos
E eu sem lápis, sem papel, nem mesmo onde sentar
Tomei um ramo, escrevi no chão e ela se pôs a cantar!

Não entendo as poesias... são tão doces, tão lindas
Mas não querem saber onde serão escritas, apenas vêm
Contando sonhos, histórias não acontecidas, fingidas
As vezes até contam prantos nunca chorados por ninguém.

Autor: JJ Cruz
Academia Mundial de Cultura e Literatura
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental.
Postagem oficial: 17/12/2.023

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Meus anjos poetas!!

 Quantas poesias ainda posso escrever? Não sei!
Não sei como estão meus anjos poetas no espaço
Se ainda me querem como alma cativa a servir-lhes
Se ainda me ditarão saudades para eu fazer o que faço.

Meus anjos poetas, em versos, me contam histórias
Brincam com o tempo pintam poesia em versos rimados
Algumas vezes, não sei porque, deixam versos incompletos
E se vão sem dizer nada com os versos todos inacabados

Meu anjos poetas, soltos no espaço, contam coisas de amor
Falam de saudades, até as mais distantes, como se de ontem
Falam de risos, de prantos, de alegria, falam até de tristezas
Fazendo de tudo uma verdade, dita com muita certeza

Não sei mais quantas poesias, não sei mais quanto pranto,
Não sei qual será o tema, a rima, não sei mais o que faço
Mas estão por aí passeando no tempo até inventando amores
Outras histórias. Ah! Meus anjos poetas soltos aí no espaço!!!

Autor: JJ Cruz
Academia: ACML
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental.

Choro, igual a minha, a dor dos outros

Que egoísta seria e nunca, eu juro, me perdoaria 
Fazer meus olhos chorarem apenas as minhas dores,
Chorarem saudades com se só eu as pudesse sentir
Clamar perdão como se só eu merecesse tais favores

Choro, como se fossem minhas, também dores alheias
Invento orações e rezas por dores que não são minhas
Até me faço provedor de lágrimas, empresto os olhos
Fabrico prantos como se o olhar rezasse uma ladainha

Por vezes pensam ser meu o sofrido pranto que choro
Não é fingir, as vezes quem sente a dor não sabe chorar
Soluça um pranto preso  na garganta, sufoca a alma
Então empresto minhas lágrimas apenas para ajudar

Minha alma, à dor dos outros, nunca foi indiferente
Até me impõe que os olhos estejam sempre despertos
Para que tenha prantos até para dores que não sente
Meu pranto, para minha ou dor outros não é diferente

Acadêmico: JJ. CRUZ
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
Publicação oficial: 09/10/2.023

 

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Um poema a moda antiga! Antiga!!!!!!

 Ah! O poema!! Quem disse que o poema tem que ter  rima!?
Quem disse que tem que ser medido, nem curto nem comprido?
Para o poema basta ser escrito,  nem pede para ser entendidos
Os poemas saídos do coração, todos eles têm um sentido

O poema, vestido a rigor??! Coitado o poema nem tem roupa!
Tão inocente que nasce nu,,. quem o veste é quem o lê...
E quem os lê? Ah! Quem os lê? São aqueles que têm alma
Que vestem o poema à sua vontade e na sua inocência, crê

O poema pode tudo, tão inocente! Pode até mentir sem pecar
Contar histórias histórias alheias, sem se preocupar em negar
Pode fingir, chorando prantos alheios e dizendo que são seus
Pode dar gargalhadas homéricas quando sua vontade é chorar.

AH! O  poema! Ousado, desobediente e até mesmo indiscreto.
Conta segredos e prantos que não eram para ser mostrados,
Por vezes toma seu próprio rumo, desobedecendo ao poeta
Mas sempre elegante, alma e palavras em harmonia completa

Não se envergonha de ser tão promíscuo, embora  inocente,
Escrito por uma alma, vai ao tempo e se entrega todo e pleno,
É de cada um que dele gostar, não é soberbo, se faz de todos
E como oração a ser rezada, alegra até ao coração mais carente

Acadêmico: JJ Cruz
Cadeira:  28
Patrono: Antero de Quental

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

No meio da multidão


Nas ruas, ando procurando respostas nos olhos da multidão
Mas o que vejo são olhos vazios, perdidos em torpe silêncio.
Calados, como se não soubessem mais falar com seu brilho
Tristes, sem mais saberem falar o que diz a alma ou o coração.

Olhares cansados, olhando só até ali... onde alcança a solidão
Talvez um dia apenas se estivesse só no vazio do deserto
Hoje, é triste, faz que se esteja só também no meio da multidão
Como se o mundo fosse um espaço bêbado... sem rumo certo

Os sorrisos, que pena, não se fazem  mais sorrisos verdadeiros
São fingidas caricaturas de rostos que nem sabem mais sorrir
São sem cor, sem alma, parecem um modelo de copiado fingir

A solidão se fez como um cárcere e dentro dela pôs a multidão
Que em uma mentirosa alegria alegre vai tropeçando no vazio
E se criando mais como se solidão e tristeza estivessem no cio

Acadêmico: JJ Cruz
Patrono: Antero de Quental
Cadeira: 28
Data oficial: 03/11/2.023

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Lágrimas e prantos para contar a mesma história!

A mim dizes: ama-me como nunca a ninguém  amaste
E soluças como se teu pranto fosse tua testemunha!
Porque não te dás ao prazer de entrar na minha alma?
E ver, quanto por ti chorou e submissa a te se punha!

Porque a mim, nunca me viste por dentro desses olhos?
Que gritavam em fervoroso silêncio uma migalha de ti
Porque nunca, através deles, viste a alma aflita a pedir
Sutil, que fosse, um beijo na fronte a faze-la sorrir?

Agora, em prantos te pões a retrucar  o que já nem sei
Se à tua disposição todos meus sentimentos tu os tinha
Lembras quando te dizia: olha-me nos olhos para ver-me
Ouvias em pulsar alegre meu coração ao pensar-te minha!

Agora, apenas lágrimas não contam o que a história diz
Nem tão pouco o pranto se presta a mostrar toda verdade
Que os dois se façam únicos, se misturem entre os olhos
E chorem essa dor porque será doída esta tanta saudade.

José João
Membro a AMCL
Cadeira 28
Patrono  Antero de Quental
01/11/2.023