Plagio saudades alheias, digo até que são minhas.
Plagio tristezas, lágrimas, até olhares vazios
Plagio dores, dessas que conto nas entrelinhas
Um dia plagiei uma saudade que jurava ser minha
E por ela, chorei, sim, chorei copiosos prantos
Até escrevi poesias, e ela, a saudade se fez tanta
Que com a tristeza se fizeram verdadeiros encantos
Sou bom plagiador, quer que plagie suas lágrimas?
Apenas me diga a cor que elas têm, o gosto eu sei
Todas são salgadas. Posso plagia-las como ninguém
Sei plagiar sorrisos tristes, sei até fingir que são meus.
De quem plagiar saudades, prantos e tristezas, dou cortesia
Escrevo todas elas com teu pranto, como fosse sua a poesia
AMCL: Academia Mundial de Cultura e Literatura
Acadêmico: J J Cruz
Cadeira: 28
Patrono: Antro de Quental
Poesia de: 18/07/2,024