terça-feira, 25 de novembro de 2025

Em te salgaram a água... em mim salgaram o pranto

 As vezes me ponho a pensar, porque o mar,
Na sua arrogância, quer se fazer de infinito?
Vai de horizonte a horizonte a se espalhar
Se faz até maior do que se pode imaginar

Porque o mar é tão assim? Tão arrogante?
Orgulho de ter suas águas com gosto de sal?
Acha, por acaso que isso é um algum encanto?
Rio-me. A mim também me salgaram o pranto

E ao fingir-se de infinito, pobre mar fingido
És grande, todos sabemos, mas só vais até ali
Eu, num piscar de olhos, vou muito além de te

Minhas saudades... essas sim, todas infinitas,
Mas meus sonhos! Anda são muito maiores
É preciso uma história para haver uma saudade
Para sonhas qualquer fantasia é uma verdade.

E agora? Arrogante mar, o que me podes dizer?
Que em te o sal se cria sem precisar nada fazer?
Em mim nasce na alma, num adeus que faz chorar
Tempera com sal o pranto para por toda vida lembrar

José João
25/11/2.025

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