quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Pena de quem nunca amou

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Que pena de quem nunca amou!!! É triste!
Sabem apenas que as lágrimas são salgadas
Mas não sabem da beleza que elas contam.
Acham que a saudade é apenas uma dor,
Ridícula, sem sentido, que apenas faz chorar!
Não sabem dos momentos, nem imaginam 
Da importância dos detalhes quando se ama!
Um olhar, as vezes tão simples para alguns,
Para quem ama, é um grito estridente...
Quando ele diz: te amo. O coração dispara,
As mãos trêmem, as lágrimas, eufóricas,
Brincam de brilhar nos olhos num sorrir
Que só quem ama entende. Ah! Esse amor!
Que pena de quem nunca amou!!! É triste!
Faz o ontem ser apenas um dia que passou,
Sem ficar lembranças, faz que hoje seja
Um espaço vazio e... faz do amanhã...
Apenas mais um ontem, só que mais triste.

José João
20/11/2.019

A voz da alma

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Talvez me fosse melhor calar a voz 
E deixar que as lágrimas falem por mim,
Elas falam da alma o que as palavras
Não sabem dizer, as lágrimas são discretas,
Contam baixinho as dores que se sente
E ninguém ouve, não fingem, são inocentes,
Não se prendem, como se prendem os soluços
Na garganta, nunca se fazem reticentes
Como se fazem as palavas, as vezes poucas
Para o que se sente e o que se quer dizer.
Ah! Quem me dera saber escrever poesias
Com prantos! Versos molhados de lágrimas
Choradas pela alma contando saudades
Que só ela sabe sentir! Lágrimas e prantos
São mais sinceros, contam nossa história
No slêncio que precisamos para ouvir e chorar,
Ainda acariciam o rosto como se dissessem
Carinhosamente... sou a voz de tua alma
Te lembrando que estás vivo... 

José João
20/11/2.019

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Histórias do meu jardim

Plantei un pé de estrelas no meu jardim,
Ao pé de uma cerca e ouvia muitas histórias
Das Damas-da-noite que sobre ela se debruçavam
E choravam de saudade com suas lágrimas-de-anjo
Que caiam leves sobre os Beijos-de-moça
Que se faziam florir enfeitando, como tapete, o chão.
Saudade dos Narcisos que se foram com as Rosas
Sob uma Chuva-de-prata, ouvindo os acordes de um Tango.
A bela Emília, se deitava na relva, olhando sonhadora
Para Céu-Estrelado. Quantas recordações e tristezas!!
Onde estaria Alisson que partiu com Gardênia?
Embora tenha jurado Amor-perfeito para Orquídea.
Ah! No meu jardim! Quantas histórias e quanto perfume!!
Saudades... lágrimas ... quem disse que as flores não choram?
Angélica, Verbera e Amarilis, apaixonadas por Mosenhor
Que chorava por Camélia, a deusa única de Cosmos.
Ah! Essas flores!! Como me contam histórias!
Quem diria que Begônia, sempre vaidosa, usando
Um Brinco-de-princesa, amava desesesperadamente Íris
Que fazia versos apaixonados para Gloriosa,
Pedindo que Corda-de-viola lhe ensinasse versos de amor.
Esse meu jardim... me ajuda  chorar minhas tristezas
Com Lágrimas-de-anjos que sobraram das Damas-da-noite.
Amar é lindo, mas a felicidade é uma troca.
Agora, pela Cruz-de-cristo, vou tomar um Copo-de-leite
E sonhar, como com certeza, fazem as flores.

Reedição.


domingo, 10 de novembro de 2019

Como posso saber

As vezes me pergunto o que são minhas lágrimas,
Serão letras avulsas perdidas sem formar palavras?
Será sejam clamores mudos a se perderem no tempo?
Ou são pedaços de poesias que chorando eu invento?

Não sei. Pergunto ao tempo o que seja meu pranto
Não sei se é minha alma inventando um triste canto
Como fosse a angustia de um pássaro preso a gorjear
Fazendo da beleza do gorjeio apenas um triste chorar

Não sei de onde vêm as tantas lágrimas que choro
Se são minhas ou de algum anjo, coitado, perdido 
Que tanto se entregou e agora se sente esquecido.

Ou quem sabe  um anjo poeta solto aí no espaço
Usando meus olhos para chorar suas dores
E até quem sabe, sejam suas as poesias que faço?

José João
10/11/2.019

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Ah! Quando a lua ilumina a solidão!!

Minha vida!!! É cheia de coisas que não sei dizer,
Que não cabem em meus versos, o que sinto
É maior que todas as palavras juntas... as vezes,
Em algumas noites, quando a lua ilumina a solidão,
E vejo lágrimas como sorrisos apagados de mim,
Aí, a saudade, aos gritos, sai desvairada procurando
Histórias que nem sei mais. Corre por entre dores,
(tão fácil de sentir em noites tristes) histérica
Se dizendo minha própria alma buscando abrigo
Em sonhos que nunca mais sonhei, que se foram
Perdidos no tempo, ou trocados por outros que esqueci
De sonhar. Quando, na noite, o tempo pára e se faz
Todo  meu, como se me desse todo ele para eu ter tempo
De chorar todas as dores, todas as saudades, as angustias,
Quando as sombras do que vivi deslizam silenciosamente
Nos olhos de minha alma, sinto uma liberdade estranha,
De chorar sem ser ridículo, de ouvir meus soluços
Como fossem minha voz rezando baixinho orações
Sem palavras, silencioso clamor que, acho, nunca vai
Além de bem ali, onde o eco se perde no nada...
No vazio de dentro mim

José João
08/11/2.019

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Minha alma...fábrica de lágrimas

Ainda hoje, lágrimas que não sei de onde vêm
Enfeitam meus olhos, coitados, ainda tristes
Mas tantos prantos derramei que, juro, não sei
Como ainda tenho prantos pelo tanto que já chorei!

Brinquei de sentir saudade, de escrever a solidão
Tudo em versos secos, tanto era a falta de mim,
Olhos vazios em saudades perdidas, quem diria
Que choraria como se meu pranto não tivesse fim

Chorar, agora parece o brincar de minha alma
Que busca, de onde não sei, momentos que vivi,
Que não lembro, se se perderam por aí no tempo,
Se nessa vida os vivi ou... se mesmo os esqueci

As vezes, nos raros momentos que me encontro
Quando o silêncio me busca lá dentro de mim
Com lembranças quase apagadas vindas de longe
Como se a alma, por vingança fizesse, um motim

Por tê-la deixado sofrer sem que me permitisse
Com ela sofrer também, então vai buscar no tempo
As saudades mais doídas, as dores mais sentidas
E faz que por mim, agora, todas sejam consumidas

Fabrica lágrimas, até mesmo vastos rios de pranto
Deixa que a solidão, como se lhe fosse prazer,
Lhe tome toda para que eu possa senti-la também
E fazer-me apenas dor como eu não fosse ninguém

José João
05/11/2.019

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Tempo para. pelo menos, sonhar

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Ainda ontem, sentado em frente de mim
Parecia ver meu rosto de vinte anos
Quando brincava de parar o tempo...
Fabricar sonhos, de correr entre os dias
Sem me preocupar com os amanhãs...
Me lembro, brincava de amar, de ir e vir
Entre corações sem saber o que era ser.
Podia tudo, parar o tempo, escolher sonhos,
Inventar sentimentos... vinte anos...
Não percebia que o tempo passava...
Enquanto eu brincava ele zombava de mim
E eu não via, ironizava meus sentidos
E eu não percebia... afinal tinha tempo...
Muito tempo...pra tudo... assim pensava...
Mas hoje, sentado em frente de mim
Vejo um senhor buscando o que um dia foi
Quase em desepero pede, implora chorando,
Que o tempo lhe dê tempo ainda de, pelo menos,
Sonhar, sim... sonhar... para acalentar a vida.

José João
01/11/2.019