sábado, 28 de abril de 2018

As vezes nem é saudade.. é mesmo dor.

As vezes me vem uma saudade descabida,
Prantos, angustias que não não sei dizer...
Só sei sentir. Um vazio me chega aos gritos,
Como se a dor tivesse voz e se repetisse
Em desvairado eco que vai gritando ao tempo
O que não queria ouvir nem dizer, e vai...
Como se fosse minha alma contando segredos
Que não pode mais guardar, num desesperado
Contar ao mundo a tristeza que sente e chora.
Num vagar, entre o nada e a solidão, vão os sonhos,
Se perdendo, se fazendo pedaços de momentos
Que não se apagaram,  que o tempo não conseguiu 
Fazer esquecer e, mesmo incompletos, trazem
Prantos, tantos que o chorar se  faz viver
Como se viver fosse apenas estar em qualquer lugar.
As vezes essa saudade vem fingido ser saudade,
Mas na verdade... é apenas dor que sinto.

José João
28/04/2.018

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Amar... amar eternamente

Quero viver o encantamento de amar sempre,
Sem medo de lágrimas, de dores, de angustias...
Quero apenas amar como sei amar, todo e pleno,
Amo tanto que amo até a saudade do que vivi,
Amo a saudade dos beijos que  dei um dia...
Dos beijos que ainda não dei, quero apenas amar.
Chorar, se for preciso, para contar algum adeus
Que foi dito, por lembrar um olhar que foi trocado.
Quero apenas amar. Que minha alma chore
Em prantos com gosto de saudade, com gosto
De sonhos, mesmo não vividos... mas que tenham
Sido feitos por tanto amar. Amar é ser eterno
Por alguns momentos, é fazer de sempre
Um simples eu te amo. Amar... que venham
As lágrimas, os prantos, não importa...
Ser feliz é tão difícil que se hei de chorar
A vida toda por alguns momentos felizes...
Que seja... depois dos prantos amo outra vez.

José João
19/04/2.018


Desculpa por te amar assim

Desculpa se não consigo calar, se tenho que gritar
Ao mundo que te amo, que sou teu, todo e sempre.
Desculpa se te deixo ocupar todos os meus pensamentos,
Todas as minhas horas. Desculpa se todos os meus
Sonhos são teus, se todos os meus sorrisos são pra ti,
Querida, desculpa se nas orações que rezo só sei
Chamar teu nome, (que ainda nem sei) desculpa... 
Se te canso por tanto sem que nem saibas quem sou.
Dizer te amo!! Não consigo calar, meu coração
Pulsa na ansiedade de te, minha alma se agita toda,
Se faz criança alegre só em pensar um teu sorriso
Dado pra ela. Ah! Querida! Talvez não saibas ainda
Como te levo comigo, te levo dentro de mim,
Numa adoração infinda que só os amantes invisíveis,
Aqueles que amam apenas com a alma, são capazes...
Porque te faço meu caminho e minha chegada,
Te faço meus sonhos e minha maior verdade,
Porque te faço luz, te faço horizonte e... acredite,
Te faço o pedaço mais completo de mim, tudo...
Porque te amo como tu me permites que te ame
Por vezes até chorando essa falta de ti.
Sem saber onde estás ou ... quem és.

José João
19/04/2.018


Amar...as vezes dói tanto!!

Há quem diga que amar é viver eternamente o momento
Que se ama, como se esse eternamente fosse para sempre.
Que amar é fazer sonhos verdadeiros, que o mundo é nosso.
Como se nada mais precisasse para se viver, mas... amar...
Também é uma dor anunciada para não se sabe quando,
É saber-se que ela pode estar bem ali, entre as palavras
Que não deveriam ser ditas, ou de momentos que não
Deveriam ser vividos. Ah! Esse amar que tantos falam!
Que  tantos, talvez por nunca terem amado, juram 
Que é a beleza do existir entre os mais ternos instantes.
Mas nem sempre amar é ternura, nem sempre amar
É fazer-se completo, intenso, repleto de belos sonhos,
Não raro, amar é triste, deixa vazios na alma, na vida,
Faz que se fique sem razão, perdido entre viver e chorar
E a angustia se faz muito maior que a eternidade
Do momemto que se viveu e a solidão grita bem alto,
Dentro da gente: Você está só. Há quem, por isso,
Tenha medo de amar, mas eu ... não, e nem poderia.
Como poderia ter medo de amar se chorar é uma poesia
Que se escreve com a alma e saudade é uma terna canção
Que só se ouve no silêncio de um adeus?

José João
19/04/2.018




segunda-feira, 9 de abril de 2018

Coisas da solidão

As vezes penso que a solidão é um lugar...
Cheio de nada...de onde quase não se pode sair.
Outras vezes, penso que é um caminho que leva
A lugares distantes, um caminho sem marcas,
Por não ter chão, sem margens para não ter paradas,
Em que ir ou vir é o mesmo que estar...outras vezes,
Penso que a solidão é uma história que ningém sabe contar
Porque pra ela as palavras são tão poucas, sem sentido...
Só com lágrimas se conta, porque só elas dizem 
O que a alma sente e quer dizer. Ah! Essa solidão!
Parece ser dona do tempo! As horas se arrastam lentas,
As noites se alongam e o alvor do dia fica distante,
Como se não quisesse chegar, como se ela, a solidão,
Tivesse medo do dia, como se não fosse sempre a mesma.
As vezes, quando a saudade se faz de verdadeira oração,
Quando se busca, mesmo só, mesmo na solidão,
Momentos que se viveu, ainda que seja a saudade
Mais dor que lembranças, mesmo assim, a solidão
Fica menor, e se pode, pelo menos, fingir um sorriso
Que não se tem mais.

José João
09/04/2.018