quarta-feira, 20 de abril de 2022

Prantos e cantos se confundem em mim

Talvez, nem eu sei, ainda tenha me restado um sonho 
Mas que sonho esquecido haveria de ainda me restar?
Pelas tantas angustias vividas, são tantos os receios
Que, por medo, não me permito mais nem poder sonhar

Em vazio espaço, tão vazio que nem saudade tem para sentir
Sigo rastros quase apagados que a vida, por pena, me deixou
Se por destino, infinda busca, a vida exigir a sozinho procurar
Levo prantos para chorar e aliviar essa minha tão insana dor

Quantos sonhos sonhei para um dia dentro deles poder estar!
E devaneios?! Tantos quantos foram os sonhos por mim sonhados
Mas talvez, por punição, cruel pena a mim me impuseram
Deixa-los mortos, pelo simples "crime" de um dia ter amado

Assim, meus passos por perdidas rotas se fizeram escombros
Sem rumo, buscam horizontes que nem sei se ainda existem
Fazendo que nem precise de outra dor para chorar meu pranto
Porque  soluços tristes e os "ais" me enganam e se fazem canto

José João
20/04/2.022


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