Talvez, nem eu sei, ainda tenha me restado um sonho
Mas que sonho esquecido haveria de ainda me restar?
Pelas tantas angustias vividas, são tantos os receios
Que, por medo, não me permito mais nem poder sonhar
Em vazio espaço, tão vazio que nem saudade tem para sentir
Sigo rastros quase apagados que a vida, por pena, me deixou
Se por destino, infinda busca, a vida exigir a sozinho procurar
Levo prantos para chorar e aliviar essa minha tão insana dor
Quantos sonhos sonhei para um dia dentro deles poder estar!
E devaneios?! Tantos quantos foram os sonhos por mim sonhados
Mas talvez, por punição, cruel pena a mim me impuseram
Deixa-los mortos, pelo simples "crime" de um dia ter amado
Assim, meus passos por perdidas rotas se fizeram escombros
Sem rumo, buscam horizontes que nem sei se ainda existem
Fazendo que nem precise de outra dor para chorar meu pranto
Porque soluços tristes e os "ais" me enganam e se fazem canto
José João
20/04/2.022
Nenhum comentário:
Postar um comentário