sábado, 2 de abril de 2022

Nem o silêncio cala uma alma triste

Em minha alma, palavras e silêncio se conflitam,
A alma insiste em gritar as dores que tanto sente
O silêncio insiste em calar a voz para a dor ser maior
Para que a angústia da mudez se faça dor ainda pior

O silêncio sufoca a voz, que se faz apenas murmúrio
E as palavras que deveriam sair soltas e irem ao mundo
Ficam sem serem ditas, perdidas dentro do vazio
Mas a alma, por tanta dor, busca um grito profundo

Tão forte que o silêncio se espanta, e o grito vai,
Fazendo eco e indo como fosse um triste canto
O mais alto que a alma pode gritar, o grito do pranto

Que o olhar molhado, brilhante, leva até o infinito
E com ele, ela vai, solta, livre, volteando no tempo.
Quantas maneiras tem a alma de gritar seu lamento!!!?

José João
12/04/2.022

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