Minha alma triste chora os prantos que não chorei,
Dor tão forte tão cuidadosa amiga preferiu senti-la
E eu aflito, por minha tanta culpa e covarde medo
Apenas deixei em mim toda essa dor como um segredo
Minha alma triste me põe no colo e me diz baixinho
Não te aflijas se choro a dor de tão grande amigo
E depois, a mim tu não enganas, te conheço tanto
Que esse pranto que choro agora... choras comigo
E assim, nós dois no tempo, vamos buscando histórias
Até sonhos de mim perdidos, vencidos ou esquecidos
Sonhos deixados dentro das perdas que já tivemos
Ou até fragmentos das tantas dores que já vivemos
Minha alma amigo quase em sussurro balbucia um canto
Dizendo que sempre, para qualquer dor, há um depois
E se por castigo o destino a nós imposto é estarmos só
Que seja, pois para chorar, prantos é o que temos os dois
José João
19/04/2.022
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