terça-feira, 19 de abril de 2022

Minha alma e eu

Minha alma triste chora os prantos que não chorei,
Tão forte dor minha alma amiga preferiu senti-la
E eu aflito, por minha tanta culpa e covarde medo
Não deixei em mim toda essa dor como um segredo

Minha alma triste me põe no colo e me diz baixinho
Não te aflijas se choro a dor de tão grande amigo
E depois, a mim tu não enganas, te conheço tanto
Que esse pranto que choro agora... choras comigo

E assim, nós dois no tempo, vamos buscando histórias
Até sonhos de mim perdidos, vencidos ou esquecidos
Sonhos deixados dentro das perdas que já tivemos
Ou até fragmentos das tantas dores que já vivemos

Minha alma amigo quase em sussurro balbucia um canto
Dizendo que sempre, para qualquer dor, há um depois
E se por castigo o destino a nós imposto é estarmos só
Que seja, pois para chorar, prantos é o que temos os dois

José João
19/04/2.022

Nenhum comentário:

Postar um comentário