quarta-feira, 13 de abril de 2022

Me fiz amante da poesia.

Gosto de escrever versos... longos, curtos, incompletos.
Os versos, as poesias, as saudades, sempre me fascinaram
Sem elas como seria o mundo? Sem beleza, surdo e mudo
Tanto que não se teria como contar a beleza das flores...
O belo gorjear dos pássaros, sua doce e desencontrada sinfonia 

Dar cores para a saudade, para o pranto, só a poesia faz isso
E ainda, como só a poesia sabe, embalar corações carentes

Sou um escrevedor de versos e, com eles, colorir o pranto
E até mesmo adoçar as lágrimas que a tristeza salgou
Reunir dor e saudade nos sorrisos tristes que ninguém sabe rir

Amo quando as palavras se atropelam para se fazerem versos,
Misturam-se entre as linhas e entrelinhas, carentes do poeta,
Atiram-se feito loucas nos versos como fossem lágrimas
Nos olhos que só sabem chorar, perderam o prazer de sorrir,
Tudo se transforma na poesia, ela para até o tempo no fim do verso
E no outro verso faz que corra para o amanhã não se fazer hoje

De onde vem a beleza da poesia? Uma dama sempre elegante...
Adora vestir-se em rimas e de fazer-se bela num final feliz!

Pura, como fosse inocente, mas promiscua por natureza
Ousa fazer-se ingênua, divina, no coração de quem lhe acolhe
E, sem pedir licença, entra e nele habita cômoda e livremente,
Se faz chorar, se faz sorrir, se fala de saudade de pranto, tanto faz
Isso não importa, ela é livre para o que lhe fizeram, ela é poesia
Assim, eu,  um escrevedor de versos, me fiz também seu amante.

José João
13/04/2.022




 

Um comentário:

  1. Uau! O meu mais sincero aplauso para tão belo acróstico!. A Poesia agradece!:))
    --
    Em cada pétala pode ter um verso

    Beijos e uma tarde

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