Desses que ninguém quer sorrir... me serviria.
Queria ter menos segredos escondidos...
Queria partilhar alegrias, cantar, brincar...
Fazer poesias com a primavera, pincelar nos versos
A beleza das flores, fazer do meu lápis um cinzel
E esculpir sorrisos, pássaros gorjeando trinados
Que só sei ouvir. Ah! Como gostaria!!
Gostaria de sentir a beleza do alvor do dia...
Declamar para o sol criança uma poesia alegre,
De sentir a brisa passar inocente entre as cercas,
Passear nos quintais, fazer dançar, suavemente,
As flores do pé de flamboyant! Mas lágrimas...
É só o que sei fazer, prantos que chegam,
Se fazem veredas em meu rosto por onde
a saudade, pálida, por também sentir a dor
Que sinto, passeia em passos lentos, carregada
Por um lágrima triste que insiste em não cair
Do rosto, pendura-se tenazmente na esperança
De que um sorriso lhe faça atirar-se sorrindo
Ao Tempo. Mas nada! Só mesmo essa angustia
... Da falta de mim.
José João
05/04/2.022
Nenhum comentário:
Postar um comentário