quarta-feira, 20 de março de 2013

O rouxinol e eu

Hoje voei na poesia que um rouxinol cantou pra mim
Parecia brincar de declamar um canto perfeito e belo
Como se a poesia fosse notas musicais brincando soltas
Como se pétalas levadas pelo vento alegres e revoltas

Cantou canções em trinados com notas desconhecidas
Se fez poeta de versos completos de evidente perfeição
Não sei se os rouxinóis têm alma, se podem se apaixonar
Mas esse rouxinol mais que um canto parecia um chorar!

Pela triste beleza do canto, talvez fosse um chorar saudoso
Um lamento uma lamúria, dessas que um adeus faz sentir
Mas tão parecida comigo que parei e até sentei para ouvir

O rouxinol irrequieto, como se fica quando chega a solidão
Que nenhum lugar nos cabe, até a vida parece nos sufocar
Assim ficamos os dois, ele a cantar e nós dois a...chorar


José João
19/03/2.012


5 comentários:

  1. O poeta quando escreve com a alma interage perfeitamente com a natureza, nos causando emoção e nos encantando. Lindíssimo soneto poeta. Bjus
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  2. ...pedacinhos de liberdades
    que levo...


    [contém 1 beijo]

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  3. José João Lindo pensamento em dissecar um rouxinol no seu canto que triste ou alegre é belo quanto o que escreves Parabéns amigo Pedro Pugliese

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  4. A pluma do poeta, molhada nas lágrimas partilhadas com o rouxinol, deixam na leitora o nó na garganta que só a beleza da emoção pode criar.
    Perfeito, José João!

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  5. Folhas de Outono está aqui,para ler mais uma postagem que escreves com maestria e aproveito para parabenizar o dia do Blogueiro,então nada mais justo do que vir até aqui para parabenizá-los.
    Que continuemos, por muitos e muitos anos,
    colaborando com uma Blogosfera ética,
    sem plágio e unida.
    Um viva pra você e um viva pra todos nós !!!!

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