Queria ser poeta, saber escrever versos bonitos,
Saber falar da beleza dos raios de luar
Deitados na praia beijando ternamente a areia.
Saber falar do por do sol, da saudade melancólica
Que vai aumentando enquanto ele vai lentamente
Se escondendo no horizonte entre cores
Que nenhum homem ousou ou imaginaria criar.
Á! Se eu soubesse ser poeta? Falaria
Da beleza das flores, da inocência dos lírios,
Entenderia o cantar terno da brisa ninando
Os miosótis, os jasmins, as dálias, as rosas...
Porquê não nasci poeta para saber falar das belezas?!!
Falar dos pequeninos, belos e irriquietos passarinhos
Cantando lindas sinfonias em notas que ninguém conhece.
Se eu fosse poeta saberia ouvir o canto do vento
Fazendo o mar valsar com suas ondas brancas,
Leves, soltas, como criança brincando na praia.
Se eu fosse poeta saberia falar do amor
De sua beleza terna, doce, envolvente e cheia de vida,
Dos namorados apaixonados trocando beijos
Na sombra de um flamboyant tão risonho de florido.
Saberia escrever versos apaixonados. Parar o tempo
Eternizando momentos de paixão, de entrega
Como a emoção e a beleza do primeiro beijo.
Mas não sou poeta, e triste reconheço isso,
Nunca serei poeta, sou apenas um sonhador
Que sente saudade dos próprios sonhos
Até dos sonhos que, infelizmente, nunca sonhou,
Sou aquele que faz versos tristes por não ser poeta
Que escreve lágrimas tristemente caídas no tempo
Sou quem o mundo fez andarilho... assim como o vento.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
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