quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Minha alma
Qual inocente pomba que no céu se perde
Voando a esmo em perdido espaço
Gemendo triste e o coração partido
Pelo pobre filho que caiu no laço
Qual alvo lírio que no prado murcha
Pelo cruel calor de ardente estio
Ou como inocente peixe em agonia lenta
Por que sem água lhe secou o rio
Assim minha alma no espaço chora
E pede aflita... e não escolhe a hora
Qual mãe que a vida do filho implora
Que um dia encontre doce regaço
De que preciso e sem que não passo
Pode até ser qualquer terno abraço.
José João
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