segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Pintar... é falar com palavras que não existem.


Traços que vêm, que vão, que se perdem, se cruzam
Como linhas da vida, em encontros e desencontros.
Se cruzam, se tocam, como fossem rápidos beijos
Na abstrata aquarela pintada com gosto de desejos

Linhas se vão, pelo instinto traçadas, riscadas, vivas,
Como fossem uma história que ainda ninguém viveu
Ou um caminho que ainda ninguém a ele  percorreu,
Ou, quem sabe, sonhos que alguém, por tristeza, perdeu

Mãos que, não sei como, deslizam contando encantos, 
Como pintar fosse falar com palavras que não existem, 
Falam tanto! Até levam a alma a um existir risonho,
Tudo ali, dentro da gente, e a gente... dentro do sonho

Vou percorrer todos esses traços como fossem estradas,
Marcar meus passos sobre a vida  como se fosse essa tela
Brincar de esconde-esconde com os pontos e as curvas,
E fazer que a vida seja colorida... da cor dessa aquarela

José João
27/11/2.025

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