sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

O semeador

 Vou andando por aí, sozinho, semeando saudade,
Plantando sonhos que nunca foram sonhados, 
Cultivando no tempo, uma única verdade minha
Levando dentro da alma meus tantos guardados

Levo sementes de solidão, não para plantá-las,
Só para lembrar sempre que ela existe e dói,
De tristeza, levo algumas mudas, ainda pequenas
Por ora não doerão tanto, são dores ainda amenas

Vou indo em direção ao horizonte, passos lentos,
Nas mãos sinto o desejo das carícias que não fiz,
No rosto, gosto de beijos deixados como lamentos

Aqueles que foram dados por adeus, por despedida, 
Ficaram  marcados, como se a eternidade estivesse ali
E de sempre se fizesse como uma carta ainda não lida

José João
11/12/2.025

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