sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

As vezes, as mentiras são tão verdades!

 Quando as palavras se escondem e a poesia não vem
Vou lá dentro do tempo buscar saudade que nunca senti,
Buscar sonhos que nunca sonhei, momento que não vivi
Mas sei chorar prantos alheios, quando precisa, sei fingir

Choro dores que não sinto, finjo tristezas, as vezes minto
Quando não preciso que saibam do meu pranto... aí finjo
Que são lágrimas que alguém chorou, digo que são minhas
Quando as palavras se escondem... minto nas entrelinhas

Não sou de perder uma poesia só porque palavras fogem
Deixo que se vão, aprendi que elas podem trocar de lugar
Dizerem o que nunca disseram, basta apenas inventar

Ontem, deixei que um rio de pranto me inundasse os olhos
Não fingi, apenas chorei, mas menti, não chorei um rio,
Embora as lágrimas e os tantos prantos estivessem no cio

José João
12/12/2.025

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