sexta-feira, 4 de maio de 2012
Orações... pra quê?
Gritar lá de dentro de mim com gritos e lágrimas,
Com soluços, com blasfêmias, desespero e dor.
Gritar, gritar como se o grito me fizesse respirar,
Me fizesse cansar para dormir, não sonhar e esquecer.
Um denso vazio me toma, corro entre meus pensamentos
E apenas pergunto: Porquê? E a resposta se perde,
Por nada ser dito. Ninguém sabe responder.
Na verdade, minha resposta é essa dor que sinto,
Que me fere do coração à alma como se essa angustia
Fosse um punhal lhes fazendo dolorosas tatuagens eternas.
Grito em orações antigas, grito em orações novas
Que a solidão me faz criar. Grito em rezas e ladainhas,
Grito com a alma, Grito com a própria vida: Volta.
Caio de joelhos extenuado, rosto molhado, prantos,
Soluços que se perdem em sussurros dementes
E todas as orações que rezei ficaram por aí
Não foram ouvidas, mas essa dor... essa dor
Que se faz viva dentro mim, me fazendo apenas estar...
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Foi assim que tua eterna ida me deixou a vida! Vida?!
José João
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