Sentar na porta do tempo, folheando o livro do passado
Buscando páginas perdidas com poesias inacabadas,
Poesias que se fizeram momentos vivos de tão intensos
Mas parece que as páginas, pelo tempo, foram apagadas
Mas os rascunhos em rasgadas folhas com ilegíveis letras
Se fazem ao tempo de lembranças vivas mas quase mortas
Como fragmentos que nada dizem da verdade de uma vida
Que se confunde com meros sonhos de uma história lida
Mas como o tempo se faz sempre caminho para saudade
Buscando lembranças antigas, revivendo histórias sem ter idade
Invento momentos novos que a vida permite por caridade
Mas lá atras, bem onde eu sei, que vivi um dia que não volta mais
Fico vendo em imagens turvas, em desenhos tristes, o que sofri
Então de mim mesmo e escrevendo, só fiz outro livro que nunca li
José João
sábado, 5 de maio de 2012
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