Minhas mãos se estendem aos céus como a pedir clemência,
Meu coração dispara em batidas fortes como se fossem gritos
Voando entre pedras e horizontes mas se perdendo no tempo
Sem rumo, sem rota e sem rastros.... assim como faz o vento
Que também não volta, se perde entre cercas, jardins e quintais
Cruza mares cantando com o tempo canções de amores perdidos
Atirando fora, sonhos que não deveriam terem sido sonhados
Mas foram, e até se fizeram de livros, que talvez nunca sejam lidos
Minhas mãos se estendem como súplica ou como oração rezada
Que não se sabe se vai ao céu, se será entendida, se será ouvida,
Talvez pela dor ter tomado o lugar da fé e a reza ter sido esquecida
Mas se ao céu chegar, como ladainha santa de um coração sofrido
Não há de se pedir nada que possa fazer tudo perdido, tudo em vão
Só o que alma quer pedir, por ter amado tanto, é apenas perdão.
José João
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