sábado, 27 de agosto de 2022

O poeta... é só quem pode mentir sem pecar

Ah! Os poetas!! Os magos! Quem me dera fosse um deles...
Desses poetas, loucos, que fazem suas casas sobre o vento,
Colhem flores nas nuvens, conversam livres com a tristeza
E com maestria, fazem do pranto poemas de estranha beleza

Quem dera fosse um poeta para neste verso falar de saudade
Nesse, falar de ontem e da cor da flor que vai nascer amanhã,
O poeta faz isso, no meio de um verso bem alegre... ele chora
Depois pinta o tempo, esculpe um sorriso e manda a tristeza embora

Contam, chorando, até saudades antigas que nunca sentiram
Contam, gargalhando, saudades doídas que se fazem de pranto
Plantam, pacientes, sementes em pedras, regam com lágrimas
E antes que nasçam veem a beleza da flor e todo seu encanto

São os poetas que enfeitam o mundo com suas belas loucuras
Escritas em versos rasgados, as vezes inocentes, outras devassos
Num verso, no meio da noite inventa um sol e ilumina o tempo
Já vi um poeta que, apenas com uma flor, perfumou o vento.

Quem dera eu fosse um poeta, desses que o próprio Deus ilumina
Que lhe dá toda liberdade de fazer o que bem quiser no pensar
Andar nas nuvens, voar com os pássaros e até com eles cantar
Ah Esses poetas! Esses loucos que Deus permitiu mentir sem pecar

José João
27/08/2.022

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