sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Ah! Como fala esse meu silêncio de agora!

As vezes tenho raiva de mim... por tudo que não fiz...
Coisas tão fáceis de dizer e... não sei porque não disse.
Sem tempo de ouvir... quantas coisas ficaram no silêncio!
Quantos olhares se perderam sem que eu nada visse!!

Tantos sorrisos perdidos apenas pelo medo de sorrir
De mostrar a alma, mostrar a singeleza de um momento!
Quantas vezes me escondi em silêncios maliciosos
Que hoje me entregam, sem pudor, a tenebroso tormento.

Quantas vezes ficou preso na garganta uma única palavra!
Que poderia acalmar uma alma triste e cheia de ansiedade!!
Poderia faze-la sorrir, e inundar-se de inocente vontade

Quantas vezes nada disse por apenas nada querer dizer,
Mesmo tendo tanto para ser dito preferi calar sem razão
E agora, quero ouvir, falar, e o silêncio me diz ... não.

José João
05/08/2.022


2 comentários:

  1. Meu querido poeta... Há silêncios que gritam. Estou regressando ao meu blogue. Beijinho

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado, um comentário seu é uma pérola, das mais raras. Beijos poéticos.

      Excluir