terça-feira, 2 de agosto de 2022

Ah! Se eu ainda fosse poeta!!!

                                                                             
Não sei... mas acho que um dia já fui poeta...
Contava estrelas ao meio dia, como está agora,
Mas não vejo as estrelas, mas eu via... era poeta.
Brincava de conversar com as flores... os lírios,
Um dia até vi um pé flamboyant cheio de orquídeas,
Sim, orquídeas num pé de flamboyant, agora sou louco!
E o rouxinol, quando eu era poeta, ouvia um belo dueto,
O rouxinol com o sabiá, cantavam hinos divinos...
Como fossem anjos brincando de alegrar o mundo.
Um dia parei uma águia que brincava de voltear, 
Chamei-a, pus em seu bico um ramo de oliveira
E a mandei ir distribuir paz em todo o mundo,
No outro verso pedi que ela me ensinasse a voar...
E aprendi, minhas asas, do tamanho do meu pensamento
Me levavam onde quisesse ir. mas ... eu era poeta.
Quantas vezes colori lágrimas com a cor do tempo
(vocês conhecem a cor do tempo? Não! Que pena!!)
Esculpi prantos, sim, muitos prantos, e sem cinzel,
Apenas usando os olhos e o rosto... já fui poeta.
Hoje não, nem sei mais fingir alegria quando choro...
Não sei nem mais encontrar as estrelas cadentes 
Que caiam no meus quintal, sabia quando era poeta.
Hoje não...hoje tudo é tão verdade que até fingir...
Sim, fingir, não é mais um brincar de enganar a alma 
É a dura verdade de não se saber mais o que é verdade.
Ah! Se eu ainda fosse poeta!!

José João
02/08/2.022


Nenhum comentário:

Postar um comentário