segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

A beleza santificada do sertão

Uma beleza santificada por um santo desenhada.
O rio corre inocente e as marges toda florida
Com o vento encrespando as água
Como fosse um carinho que só Deus sabe fazer,
Na hora dos arcanjo... os passarinho, 
Tudo junto, em sinfonia, canta uma oração
Inté parece a Ave Maria cantada pelos anjo.
As flor aumenta o perfume, as parmera,
Feito braço aqui da terra, se alevanta para o céu
Como pedindo perdão pros nosso pecado aqui.
Nas noite, os vagalume vira estrela... pequenina
Pra nos alumiar o caminho e a vida enfeitar,
A lua vindo feito moça faceira em riba da serra,
Feito uma bola de prata pra mode a mata pratear
E o prateado se deita em riba do campo e das flor
Feito de manto de céu pra o sertão enfeitar
Moço, é muita beleza... não se tem como contar.
Nas manhã, quando o sol vem bocejando
Quase no alvor do dia... ainda o tempo orvalhando
Beijando as pétala das flor, os passarinho,
Tudo alegre cum o dia, festejo a liberdade cantando.
Nesse hora, moço, a gente fica pensando...
Como Deus é bom, a tudo isso nos dando
Sem nada em troca pedir!
A vida é mais bonita cum as beleza do sertão.
Até juro, "seu" moço, que o cabo da enxada,
Da foice e do cutelo... é carinho em nossas mão

José João
19/08/2.024 

Pintar... é falar com palavras que não existem.


Traços que vêm, que vão, que se perdem, se cruzam
Como linhas da vida, em encontros e desencontros.
Se cruzam, se tocam, como fossem rápidos beijos
Na abstrata aquarela pintada com gosto de desejos

Linhas se vão, pelo instinto traçadas, riscadas, vivas,
Como fossem uma história que ainda ninguém viveu
Ou um caminho que ainda ninguém a ele  percorreu,
Ou, quem sabe, sonhos que alguém, por tristeza, perdeu

Mãos que, não sei como, deslizam contando encantos, 
Como pintar fosse falar com palavras que não existem, 
Falam tanto! Até levam a alma a um existir risonho,
Tudo ali, dentro da gente, e a gente... dentro do sonho

Vou percorrer todos esses traços como fossem estradas,
Marcar meus passos sobre a vida  como se fosse essa tela
Brincar de esconde-esconde com os pontos e as curvas,
E fazer que a vida seja colorida... da cor dessa aquarela

José João
27/11/2.025