quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Nós e o tempo
As vezes o pensamento traz saudade do que não fizemos
E o tempo passa rindo, ironizando e não se dando mais
Então uma angustia, tão grande quanto a vontade de voltar
Comprime o peito, o tempo indo, nos leva sem poder parar.
Assim os vazios que ficaram entre os sonhos, culpa nossa
Se fazem de momentos perdidos... esquecidos de viver
Aqueles momentos que sempre deixamos pra depois
Como se em nossas mãos estivesse todo nosso merecer
Cabisbaixos, confusos, e o tempo rindo as gargalhadas
Os horizontes dos amanhãs a se fazerem mais distantes
E, estranhamente, a se fazerem mais curtas as estradas
Parece agora, por ironia, o tempo corre mais depressa
A passos largos que já não nos permite acompanhar
Fazendo do que não se viveu essa vontade de chorar
José João
16/01/2.013
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Saudade, é apenas saudade essa dor que sinto... Uma dor que não é dor, uma tristeza Que não é tristeza, uma vontade de não-sei-o-que...
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...Te beijo, um beijo ardente no louco desejo Que me toma, te sonho como fosses meu dia A abrir-se desde o alvor criança da madrugada...
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Quando meus cabelos estiverem brancos Como mensagem inconteste do tempo. Quando minha voz estiver fraca, reticente Ainda assim estarei fazen...
Jaum, boa noite!
ResponderExcluirLinda reflexão sobre o poder do tempo sobre as nossas vidas. Somos tão pequeninos diante deste gigante não é? Sabe de uma coisa? Não é sempre que me deparo com um poema tão belo, profundo, tocante como este. Tu és um poeta maior. Sabe por quê? Porque consegues ir a lugares pequenos, escondidos, abandonados e lá te estabeleces.
Parabéns!
Abraço poético.
Alice.