Não vou deixar que a noite, em frios beijos, me alucine a alma
A fazer-te distante, a matar momentos com saudades doloridas
Farei que tua ausência não se faça dor, nem se faça despedida
Não vou deixar que os vazios se façam densos, nem vivos
A sufocar, com silêncios, os sonhos que ainda preciso sonhar
Ou calar-me a voz em prantos a se derramarem entre medos
E nem deixar que a alma, em desespero, conte meus segredos
Não vou deixar que a angustia se faça uma mordaz inquilina
A me tomar as vontades, a fazer de mim triste sombra perdida
A ir-se em passos bêbados, trôpegos, por caminhos sem chão
Vou fazer que todos os momentos se façam doce luz de verão
Vou deixar que a inocente nudez de minha alma se faça alento
À carente nudez do meu corpo que grita em agonia tua vontade
Como se sentisse o calor, sentisse o sabor de teu corpo molhado
Não vou deixar que meus sonhos morram na solidão sufocados
Vou te levar na memória, te fazer história, viver os instantes.
Te sonhar, brincando de esperar, de ver a madrugada chegar
Te abraçar, beijar, como se nunca tivéssemos estado distantes
E brincar de viver, sem fazer da noite essa espera constante.
José João
24/01/2.013
"Vou deixar que a inocente nudez de minha alma se faça alento
ResponderExcluirÀ carente nudez do meu corpo que grita em agonia tua vontade
Como se sentisse o calor, sentisse o sabor de teu corpo molhado
Não vou deixar que meus sonhos morram na solidão sufocados". Meus pensamentos... Linda poesia poeta! Bjusss