segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Tem dia que não se vê beleza para contar

 As vezes não entendo a poesia e... nem eu mesmo.
Ou a poesia se faz muda ou eu me faço ... um o quê?
Que não vê a beleza aonde só o poeta sabe ver
E a poesia esconde sua magia e não deixa acontecer

As vezes, vejo o poeta apaixonado namorando a lua
Lhe fazendo versos olhando-a na poça d'água, na rua
Tão apaixonado que se faz passivo e aparvalhado
Diz nos versos... minha musa está linda, toda nua

Outras vezes é apenas sua sombra refletida na lama
Se pula por sobre elas, a poça e a lua e...apenas se vai
Como se fosse comum a lua na lama deitada no chão
Sem que haja versos, nem ladainhas, nem mesmo oração

Nem sempre vejo as flores viçosas, ternas e tão belas,
Nem sempre acho, do lírio, seu perfume doce e divino
Mas que perfume forte, as vezes digo mas ...e a poesia
Com certeza não sei aonde ficou... não está comigo

Outras vezes, as flores me parecem anjos perfumados,
Os lírios, alvos como nuvens de santificado  perfume
Que inebria, perfuma o tempo e até acaricia a alma 
Até faz esquecer dores e manda embora os queixumes

Há dias que minha alma e a poesia se perdem por aí,
Há dias que desperto sem nenhum encanto no olhar
"Olho pedra e vejo pedra mesmo"  como diz a poeta,
Existem dias que não se encontra belezas para contar

José João
18/08/2.025

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