sábado, 30 de agosto de 2025

O adeus e a saudade.

 As vezes ouço, baixinho, o chorar da alma,
Triste murmúrio que o silêncio quase esconde
Então os olhos, solidários, se fazem em prantos
A se derramarem e vão para onde a brisa aponte

Quais saudades são choradas pela alma aflita?
Tantas quantas com um adeus foram começadas
Se não existisse o adeus, não existiria saudade
Sem saudade como as lágrimas seriam choradas?

As noites seriam vazias, sem nada para lembrar
As horas se fariam desertas sem nada para pensar
Não se teria a saudade como razão para chorar

O adeus e a saudade, juntos, modificam o tempo
Um é o agora, é a dor do momento em que é dito
A outra eterniza o encanto que na alma ficou escrito

José João
30/08/2,025


Nenhum comentário:

Postar um comentário