Triste murmúrio que o silêncio quase esconde
Então os olhos, solidários, se fazem em prantos
A se derramarem e vão para onde a brisa aponte
Quais saudades são choradas pela alma aflita?
Tantas quantas com um adeus foram começadas
Se não existisse o adeus, não existiria saudade
Sem saudade como as lágrimas seriam choradas?
As noites seriam vazias, sem nada para lembrar
As horas se fariam desertas sem nada para pensar
Não se teria a saudade como razão para chorar
O adeus e a saudade, juntos, modificam o tempo
Um é o agora, é a dor do momento em que é dito
A outra eterniza o encanto que na alma ficou escrito
José João
30/08/2,025
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