Criando outras maneiras de chorar quando lhes secam os olhos,
Faz que as gargalhadas se façam rios correntes de lágrimas,
Até então só lágrimas, mas vem o pranto, esperando ansioso,
(é mais que lágrimas) que as gargalhadas lhe chore também,
E mostre a dor verdadeira da alma num fingindo gargalhar.
São coisas do poeta: mentir sem pecar, ver o invisível, bem ali...
Fazer horizontes, no pôr-do-sol, com o alegre sol do meio dia.
Cerzir pedaços de sonhos e saudades, fazer cócegas na solidão,
Faze-la ir ao tempo, rindo como fosse uma criança inocente!
Assim, é o poeta! Reza Ave Maria em Rosários de estrelas,
Inventa ladainhas que os anjos querem aprender e rezar...
Acalentam fadas, cantando inocentes canções de ninar!
Inventam tudo! Até outras tantas maneiras de chorar.
José João
29/08/2.025
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