E a estes, feito quadros sem moldura, quebrei-os, sem remorso
Para que não mais mostrassem lágrimas que chorei por nada
E nem pintassem mais saudades, num rosto triste, estampadas.
Rasguei velhos trapos de sonhos em véus cerzidos pela vida,
Rasguei histórias que escrevia sem nenhuma outra razão
A não ser... apenas contar verdades e, todas elas... fingidas
Por ser resultado do cio entre dor e pranto e por elas paridas
Desde quando, nas noites, os sonhos se faziam velhos retratos
Mostrando o que nunca acontecia como se fossem fantasias
Que na madrugada fugiam e ficava a tristeza das horas vazias
Resolvi, rompi o canto do silêncio que me embalava os sonhos
Quebrei a todos, sem remorso, e os cacos joguei-os pelo tempo
Eram tantos cacos de sonhos! Pareciam palavras indo ao vento!
José João
26/08/2.025
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