sábado, 30 de agosto de 2025

Palavras de outono

 Qual folhas secas de outono arrastadas pelo vento
Que se vão inertes açoitadas até lugar nenhum
Assim, vão minhas palavras, levadas pelo tempo.
Sem serem ouvidas, açoitada pela frieza de cada um

Palavras, como folhas de outono se vão sozinhas
Contando histórias que ninguém quer mais ouvir
Como se a frieza do outono lhes tirassem o calor
Como se não fosse mais preciso falar sobre o amor

Assim ficam as poesias, como um outono, sem cor
Porque se foram, como folhas, as palavras tristes
Não ouvidas, não sentidas, sem nenhum valor

Tomara, na primavera,  as palavras se façam flores
Perfumem poesias,  perfumem corações e o tempo 
Que cada uma encontre na alma aconchego e alento

José João
30/08/2.025

O adeus e a saudade.

  As vezes ouço, baixinho, o chorar da alma,
Triste murmúrio que o silêncio quase esconde
Então os olhos, solidários, se fazem em prantos
A se derramarem e vão para onde a brisa aponte

Quais saudades são choradas pela alma aflita?
Tantas quantas com um adeus foram começadas
Se não existisse o adeus, não existiria saudade
Sem saudade como as lágrimas seriam choradas?

As noites seriam vazias, sem nada para lembrar
As horas se fariam desertas sem nada para pensar
Não se teria a saudade como razão para chorar

O adeus e a saudade, juntos, modificam o tempo
Um é o agora, é a dor do momento em que é dito
A outra eterniza o encanto que na alma ficou escrito

José João
30/08/2,025


sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Nas poesias que escrevo, os erros... sou eu.

 Não. Não corrijo as poesias que faço, para que mentir?
Se elas sou eu! Com todos os erros e os poucos acertos!
Ditos mal colocados, pensamentos perdidos, incertos
Palavras trocadas, indevidas e versos cheios de defeitos

A poesia só é perfeita quando ainda não é poesia, é sonho
O sonho, é a poesia perfeita, ainda o poeta não a corrompeu
Ainda está lá dentro, inocente, pura, imaculada e toda bela
Aí o poeta, com todos os defeitos diz: quem escreveu foi eu

A poesia perfeita ninguém a escreveu e nem vai escrever
Eu escrevo pedaços de versos, palavras perdidas, sem nexo
Pedaços completos de mim que nem mesmo eu sei dizer

Portanto, os erros mostrados na poesia, acreditem, sou eu
Se as corrigisse, o que será que pensaria de mim mesmo?
A parte mais certa da poesia não fui eu quem escreveu!!

José João
29/08/2.025

Assim vive o poeta!

 Assim vive o poeta! Inventando histórias e por elas chorando!
Criando outras maneiras de chorar quando lhes secam os olhos,
Faz que as gargalhadas se façam rios correntes de lágrimas,
Até então só lágrimas, mas vem o pranto, esperando ansioso,
(é mais que lágrimas) que as gargalhadas lhe chore também,
E mostre a dor verdadeira da alma num fingindo gargalhar.
São coisas do poeta: mentir sem pecar, ver o invisível, bem ali...
Fazer horizontes, no pôr-do-sol, com o alegre sol do meio dia.
Cerzir pedaços de sonhos e saudades, fazer cócegas na solidão,
Faze-la ir ao tempo, rindo como fosse uma criança inocente!
Assim, é o poeta! Reza Ave Maria em Rosários de estrelas,
Inventa ladainhas que os anjos querem aprender e rezar...
Acalentam fadas, cantando inocentes canções de ninar!
Inventam tudo! Até outras tantas maneiras de chorar.

José João
29/08/2.025

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Amor... uma perfeita companhia

 O amor é a mais perfeita companhia, nunca se vai
Por menos tempo que exista, pra toda vida é verdade
Se foi de ontem e só até amanhã, já é assim infinito
Apenas troca de nome  passa a ser chamado saudade

Aí se torna eterno e já não se sabe mais andar sozinho
Porque não existe mais ausência e onde se for ele está
Eterno amor que mudou de nome sempre será lembrado
Porque é na alma que é sentido e nela sempre guardado

O amor que trocou de nome também trocou de amigos
A alegria, por exemplo, de braços dados com ele andava
Sonhos coloridos, qualquer hora sempre o amor sonhava

Depois quando mudou de nome vieram os novos amigos
E quando virou saudade, um novo amigo foi o pranto
O amor é a perfeita companhia, é um verdadeiro encanto

José João
28/08/2.025

Sou o que Ele me faz ser

Eis-me aqui Senhor! A ser o que Tu me fizeste ser,
Artesão. Juntando palavras, costurando sonhos e vidas
Brincando com veros, com estrelas, inventando saudades
De tudo que sinto ou que finjo. Só Tu, Senhor é a Verdade

Se chorei amores perdidos, carinhos não sentidos, 
Se chorei perdas, dessas que fazem se rezar heresias
Perdoa! Sou gente... um pobre escrevedor de versos
Que escreve vidas, saudades e sonhos e pensa ser poesia

Mas em todos os sonhos que me deste, neles já me vi
Como se fossem histórias os tantos momentos que vivi
Muitos chorei, quem sabe, por ter me afastado de Ti!

Mas eis-me aqui, Senhor, a costurar versos no rosto do tempo,
A mentir sem pecar, porque na poesia, mentir não é pecado
É ver o que permites só aos poetas... este é o nosso legado

José João
27/08/2.025

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Entre uma lágrima e outra um ...

Entre uma lágrima e outra, um sorriso fingidor
Um artifício da alma para esconder tanta dor,
A cada lágrima um sorriso é desenhado no rosto
Mas é do sal do pranto que a alma sente o gosto

Fica salgado o sorriso, o mesmo gosto do pranto
Fica a alma a sentir-se na duvida de como chorar
Se chora e engana a dor com um sorriso fingido
Ou se entrega toda ao pranto pelo sal agora ungido

E assim, fica a alma, coitada, em fecunda incerteza
Que a cada instante a deixa mais só e mais perdida 
Sem saber como chora essa tanta dor tão descabida

Se deixa que o sal, nos olhos, lhe salgue o pranto
Ou que o sorriso fingido, pelo pranto, seja salgado
Mas para alma, com certeza, o alento é ter chorado

José João
27/08/2.025

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Cacos de sonhos jogados ao tempo!

 Ontem, rompi o canto do silêncio que me embalava os sonhos
E a estes, feito quadros sem moldura, quebrei-os, sem remorso
Para que não mais mostrassem lágrimas que chorei por nada
E nem pintassem mais saudades, num rosto triste, estampadas.

Rasguei velhos trapos de sonhos em véus cerzidos pela vida,
Rasguei histórias que escrevia sem nenhuma outra razão
A não ser... apenas contar verdades e, todas elas... fingidas
Por ser resultado do cio entre dor e pranto e por elas  paridas

Desde quando, nas noites, os sonhos se faziam velhos retratos
Mostrando o que nunca acontecia como se fossem fantasias
Que na madrugada fugiam e ficava a tristeza das horas vazias

Resolvi, rompi o canto do silêncio que me embalava os sonhos
Quebrei a todos, sem remorso, e os cacos joguei-os pelo tempo
Eram tantos cacos de sonhos! Pareciam palavras indo ao vento!

José João
26/08/2.025

A dor da solidão.

 A solidão, a verdadeira solidão, aquela que dói na alma,
Ninguém sabe chorar, só sabe sentir, mas a alma, coitada,
E só ela, sabe chorar, essa tanta dor que sufoca até a vida
Que para o tempo e faz das horas, sutis pedaços de nada

São lágrimas pesadas, sem gosto, sem sal, apenas lágrimas,
Tão doída é a dor da solidão que até o pranto se perde
Se faz sem cor, sem brilho, sem luz como não fosse pranto
Fosse apenas gotas orvalhadas, caídas, sem nenhum encanto  

Chorar a dor da solidão sem ter a alma disponível para tanto,
É impossível. Só a alma sabe chorar essa dor insuportável
Que chega sem pedir e se instala ao seu prazer e confortável

Assim se faz dona do tempo, toma para si cada momento
Faz que seja pouco, por maior que seja a dor que se sente
E só mesmo a alma para chorar essa dor tão incoerente

José João
25/08/2.025


A vida e a fantasia.

Quando o amor se abre todo em um doar-se pleno,
Num sentimento perfeito de incoerente razão, 
Quando as mãos tremem e o coração se faz criança
Num pulsar forte com se brincasse de esperança

Aí a perfeição se veste de sublime e doce encanto,
A beleza dança valsas abraçando os dois amantes
Que se entregam ao sonhar os sonhos dos amanhãs
Como se cada dia não passasse de alguns instantes

O tempo faz que os dias sejam todos belos e coloridos
Faz que os sonhos  sejam sempre mais perfeitos 
Ah! Quando o amor se abre no coração dos eleitos!!

Sonhar fica tão comum que viver custa a acontecer,
Os sorrisos se fazem versos de divinais poesias
E assim segue a vida, toda vestida de... fantasias

José João
25/08/2.025


O perfume das lágrimas!

 As vezes lembro, distantes lembranças, do porquê chorei
Aí me vem doce saudade,  em que me perco e já nem sei
Se chorei prantos ou orvalhadas lágrimas nos olhos tristes
Ou foi a alma por mim chorando os pecados que pequei

Não. É de saudade os prantos que agora minha alma chora
O perfume inebriante das lágrimas só é sentido pela alma
Quando são lágrimas que choram as saudades nela cativa
Se desprendem em doce aroma mostrando que ela está viva

Ah!  Saudade! Perfumada pelas lágrimas que a alma chora
E se perfuma toda, por toda  noite, até o alvor da aurora
E a mim, me basta a doce fragrância que me invade todo
Que, com o eco que grita ao longe, leva a tristeza embora

Assim, não me importa que por toda a noite a saudade fique,
O perfume das lágrimas, que a alma chora, é divina essência
E o alvor do dia perfumado por lágrimas e tantos prantos 
Me faz que a saudade, pela alma chorada, se faça encanto 

José João
25/08/2.025

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Tem dia que não se vê beleza para contar

 As vezes não entendo a poesia e... nem eu mesmo.
Ou a poesia se faz muda ou eu me faço ... um o quê?
Que não vê a beleza aonde só o poeta sabe ver
E a poesia esconde sua magia e não deixa acontecer

As vezes, vejo o poeta apaixonado namorando a lua
Lhe fazendo versos olhando-a na poça d'água, na rua
Tão apaixonado que se faz passivo e aparvalhado
Diz nos versos... minha musa está linda, toda nua

Outras vezes é apenas sua sombra refletida na lama
Se pula por sobre elas, a poça e a lua e...apenas se vai
Como se fosse comum a lua na lama deitada no chão
Sem que haja versos, nem ladainhas, nem mesmo oração

Nem sempre vejo as flores viçosas, ternas e tão belas,
Nem sempre acho, do lírio, seu perfume doce e divino
Mas que perfume forte, as vezes digo mas ...e a poesia
Com certeza não sei aonde ficou... não está comigo

Outras vezes, as flores me parecem anjos perfumados,
Os lírios, alvos como nuvens de santificado  perfume
Que inebria, perfuma o tempo e até acaricia a alma 
Até faz esquecer dores e manda embora os queixumes

Há dias que minha alma e a poesia se perdem por aí,
Há dias que desperto sem nenhum encanto no olhar
"Olho pedra e vejo pedra mesmo"  como diz a poeta,
Existem dias que não se encontra belezas para contar

José João
18/08/2.025

As vezes, a poesia é só uma...

 Talvez eu devesse... devesse o quê? Dizer... chorar?
Declamar poesias que ainda não fiz, falar de mim...
Mas as palavras se fizeram distantes, esquecidas
Do que posso falar? Não sei, e a poesia fica assim

Perdida... como se não fosse preciso dizer nada
Como se apenas o silêncio pudesse ser ouvido
Ah! Se pudesse escrever poesias com reticências
Do começo ao fim do verso, será que teria sentido?

Lembrei, a poesia gosta de falar de adeus e saudades,
Gosta de contar versos com lembranças e lágrimas
Então posso, sem medo, fingir que escrevi verdades

Talvez eu devesse... devesse o quê? Não escrever nada
Ficar apenas assim... pensando no que poderia escrever
E amanhã, quem sabe? Talvez tivesse mil coisas pra dizer

José João
18/08/2.025


domingo, 10 de agosto de 2025

A noite e seus mistérios!

 De onde vem os tantos mistérios que a noite traz
Mesmo a lua pintando o tempo em matiz de prata?
Mesmo o vento fazendo sombras dançarem nuas
Ainda, continua o medo, o mistério não se desfaz 

No subir da noite, escuras nuvens se fazem véu
Aí, os vagalumes, fadas ou anjos, se entregam todos
A se fazerem, por ordem divina, pedaços de luz
Como fossem estrelas cadentes que vieram do céu

E a lua, bela, inocente e toda nua se faz musa,
Se enfeita ainda mais, se torna pura e completa
Mandando que a noite lhes chame todos os poetas

E mais misteriosa ainda fica, como se fosse preciso
Como se os poetas não a vissem plena na sua nudez
Criando poesias novas quando ela chega outra vez

José João
10/08/2.025

Mistério e mistérios ...

 Que amor seria aquele que ao ir-se me levou com ele?
Levou sonhos, pensamentos, desejos, até mesmo o tempo
Levou tudo que alma é... então fui, apenas ficou o corpo
Em que um coração vazio não se apressa, pulsa, lento

Na verdade, nem sei quem foi que me arrastou consigo
Tão de repente se fez tudo, nem a alma se apercebeu,
Um olhar, um sorriso, um tremer de mãos e...  a saudade
Quando me apercebi, com ela tinha ido e ficado apenas eu

Como explicar mistérios que a vida brinca de acontecer?
Um momento pode ser eterno, pode até tudo se perder
Um sonho, toda uma história de vida, tão difícil de esquecer

Quem seria ela? Um sonho? Agora tão difícil de saber
Só sei que me levou até mesmo o que nem pensei
Mistério misterioso é que com ela fui mas... aqui fiquei.

José João
10/08/2.025

sábado, 9 de agosto de 2025

O tempo e a poesia não têm fim.

 Aonde você pensa chegar com essas poesias?
Um dia perguntaram, apenas disse baixinho:
Não sei! Não sou eu quem vai... elas vão
Por entre bandeiras, quintais, almas e coração

Deixe-me aqui, só, sentado na beira da tarde 
Ouvindo o canto do silêncio dobrando o tempo, 
Imaginando poesias que um dia se farão sonhos
Indo inocentes, levadas com carinho pelo vento

Aonde posso chegar com essas tantas poesias?!
Não me importo em percorrer caminhos, estradas,
Mas, para poesias, não existe chão, não existe tempo
Existem apenas os corações carentes e a elas atentos

Eu! Vou por aí, carregando um alforje cheio de sonhos. 
No peito, uma vontade de gritar e ouvir o eco do grito
Em que cada palavra é um pedaço verdadeiro de mim.
Aonde vou chegar? Não sei. Tempo e poesia não têm fim.

José João
09/08/2.025

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Fazer de todo dia um novo acontecer

Ah! Quantas dores se fazem vivas em pleno ocaso!
Quantos sonhos se perdem nos tão poucos amanhãs!
Os ontens, que se pensou viver, agora são sombras
A mostrar que tudo não passava de um mero caso

Igual promessas que fazem com os dedos cruzados
Mas a olhar nos olhos, com olhar demente, fingido,
A enganar inocente alma que se deixava a mercê
Do que pensava ser verdade aquilo que era ouvido.

Como é cruel acordar com os tantos sonhos sonhados
A se fazerem, agora, pesadelos carregados de pranto!
Transformados em palavras vãs, vazias, sem sentido,
A se fazerem fantasmas por tantas mentiras paridos

Assim vai, aquele que ao saber dos ontens perdeu a fé,
Que agora reza ladainhas perdidas, orações inventadas
Como se novas súplicas lhe fizesse esquecer os ontens
Então não haveria essa dor como dardo na alma cravada

Mas, pelos tantos amanhãs que restam, eu me proponho,
A cada dia, um novo recomeço, um novo acontecer,
Inventar histórias de amor, nelas eternizar cada momento
E ir em frente, que só mesmo viver, me sirva de alento.

José João
08/08/2.025

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

As vezes... o canto é uma oração

Dois rouxinóis conversavam gorjeando alegre
Quando de repente lhes apareceu um enorme gavião
Foi tão grande o susto que os dois pararam de cantar
E o gavião, olhos caídos, disse: não vou lhes incomodar

Estou aqui de passagem estou indo para outro lugar,
Parou de falar e os rouxinóis perceberam um lágrima
Ora Sr. gavião... o Sr. é tão forte o que lhe faz chorar?
Não é choro, disse o gavião, é só uma tristeza no olhar
Mas que tanta tristeza é essa? Vamos lhe ajudar, ouça!
E cantaram o mais lindo gorjear que sabiam cantar
O gavião ouviu... olhou os rouxinóis e disse: obrigado
Nunca esperei que tão frágeis pudessem um dia me ajudar
Melhorei, parece que seus gorjeios de serviram de oração
É que um caçador, por prazer, matou minha companheira
E voei a esmo sem nem saber por onde, apenas queria voar
Voei além das nuvens, para ninguém me ver, triste, chorar
Mas é tão grande a tristeza, que onde se for lá está a dor
Obrigado por estarem aqui, por cantarem para me alegrar
Poderiam vocês me ensinarem a cantar para me distrair?
Claro, disseram os rouxinóis, te ensinamos, é fácil cantar
Vamos começar com sol, como és grande, com o sol maior
Aí o gavião estufou o peito, abriu o enorme bico e... nada
Depois saiu um grito que aos rouxinóis só fez mesmo assustar
Aí o gavião, ao rouxinóis, disse: é melhor mesmo lhes escutar.

José João
04/08/2.025

domingo, 3 de agosto de 2025

A pena do guará

 Um dia, na praia, perdi uma das minhas penas, 
Uma pena que acham linda. Vermelha, cor de paixão
Que provoca as mais fortes emoções e sentimentos
E faz, do pulsar do coração, uma doce e terna canção

Dizem que alguém a achou e guardou como relíquia
Dizem até que escreveu, com ela, poemas de amor
Talvez, quem sabe, nela ele tenha visto a história
De quem voa sobre os mares vivendo esse esplendor

Que beleza! Minha pena nas mãos de um sonhador!
Tomara ele veja nela o refletir de cada pôr-do-sol,
A beleza de cada começo do alvor de todos os dias
E que as seis horas ele escreva uma doce Ave Maria.

Eu... vou bordejando livre por sobre mares e rios 
Me fazendo parte de um quadro que Deus pintou
Mas, por justiça, ao poeta que com minha pena está
Lhe proponho: me ensina poesia que te ensino a voar.

José João
02/08/2.025