Queria deixa-las divinas, únicas, para o anjos
Mas o vento as roubou de mim e se foi ao tempo
Depois as ouvi numa fonte, a cachoeira e o vento
Esculpi flores, pintei jardins, gorjeei com pássaros
Brinquei de desenhar a solidão com longos cabelos
Maquiei a saudade, lhe pus longos e belos cílios
Para as lágrimas ficarem transparentes como lírios
Até ao pranto dei nova forma, lhe fiz como uma fonte
Em que a água brilha cristalina, correndo lentamente
Como se não tivesse pressa, como se fosse sem ir
Brincado de cantar, de bailar, de sonhar e de sorrir
Depois juntei tudo em uma poesia com versos rimados
Cheios de mim, cheios da inocência da poesia pura
Me fiz parte da primavera, me vesti todo de natureza
E cantei ao mundo o que achava ser, dele, a beleza.
José João
235/05/2.023
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