sábado, 3 de junho de 2023

Apenas uma noite. Noite!!??

O lápis caído sobre a mesa... como se estivesse cansado,
O papel em branco, deitado inerte, esperando um carinho
Que o lápis como se dormindo preguiçoso nega-se a fazer
E o poeta, perdido dentro de si mesmo, nada sabe escrever

Busca histórias, olhando triste, a luz trêmula do candeeiro, 
Lá fora, a chuva sobre a palha, parece cantar uma canção
Não se sabe se de saudade, mas parecem lágrimas perdidas
E o poeta aguçando a alma... jura que isso é coisa da solidão

A noite, a chuva, uma casa de palha, um candeeiro, silêncio,
Dentro da casa ouve-se apenas um som: um coração chorando.
O poeta desperta. Alma, lápis e papel parece que estão cantando

Sem pontos, sem acentos, sem métricas, vem chegando a poesia
Se deita confortável na folha de papel, como fosse uma oração.
Ao poeta, parece que é tão simples... escrever com o coração.

José João
03/06/2.023

2 comentários:

  1. Um soneto simplesmente maravilhoso! Obrigada pela partilha!!
    .
    A Vontade de lá voltar...
    .
    Beijo, e um excelente fim de semana,

    ResponderExcluir
  2. Obrigado! Abraços desse escrevedor de versos.

    ResponderExcluir