segunda-feira, 10 de março de 2025

A única lágrima que restou...

Não sei aonde estão meus guardados! Esqueci!
Jurava que estavam aqui... dentro dessa gaveta,
Eram cinco ou seis lágrimas, duas saudades,
Alguns versos fingidos, outros falando verdades

Guardei-os, as poesias estavam escondidas de mim
Por mais que as buscasse elas se faziam distantes
Então guardei o que tinha para quando quisessem vir
As poesias têm vontade, as vezes são só visitantes

A gaveta... desapareceu, esqueci onde guardei?
Encontrei apenas uma lágrima perdida no tempo
Se foram as duas saudades... saudades que chorei

Os versos todos se foram, os que escrevi verdades
Até os versos fingidos... nenhum estava mais ali
A lágrima, a única que restou, sem poder chorar, bebi.

José João
10/03/2.025

Nenhum comentário:

Postar um comentário