quinta-feira, 27 de março de 2025

É tua, a colheita do que plantaste

Um dia, e não longe, as palavras cairão por terra
Como se fossem lágrimas gritando por perdão
Não serão ouvidas... mas serão sacrificadas,
Serão pisadas com simples lixo rolando no chão

Gritarão como... se quisessem rezar ladainhas
Mas suas vozes serão mudas, roucas, sem som
Apenas lamúrias sussurradas sem nenhum valor
E os lábios, em frenesi, tentarão gritar ao Senhor

Esse mesmo Senhor que agora é ridicularizado
Nos indecentes carnavais, é arrastado nas avenidas
Sob os olhares extasiados de que nem sabe quem é
De quem se perdeu, de quem jogou fora a própria fé

Não serão poucos os joelho feridos em vã tentativa
De apagar os pecados, com as mão postas ao céus
Como histérico e incoerente pedido de clemência
Verdadeiras mostras de uma humanidade em falência

Aos gritos dirão: Senhor, profetizamos em teu nome.
Em teu nome expulsamos demônios e bem o sabes,
Mas ouvirão: Nunca os conheci apartai-vos de mim
Muito ouvirão, e o ranger de dentes não será o fim

O amor esfriou nos corações a verdade desapareceu
Mas o Senhor está bem aí, bem perto de te e não vês
Não permites que Ele entre, tome conta do teu coração
É tua a escolha, mas lembra, o produto da colheita é teu.

José João
27/03/2.025

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