Passam-se séculos e ela ali, jovem, suave e bela
A entregar-se toda ao falar de amor... de saudade
Minha alma, juro, tem dela quase a mesma idade
Só o corpo se prende ao peso dos setenta tempos
Mãos que insistem em ter o lápis como amigo
Uma folha de papel pintada em branco... virgem
A atiçar-me a ideia de trazer a poesia comigo
Aí, a juventude de meus tantos anos se alvoroça
E a poesia meiga, doce e virgem me toma todo
Vai dentro da alma, busca todos os meus sonhos
Como, se da vida, me fosse todo o meu soldo
Algumas vezes as palavras se escondem de mim
No começo, ou no fim do verso, até no pensar
Paro, a jovem eterna poesia, desde muito ensinou
Que ela, a poesia, também se faz bela sem rimar
Rio-me quando riem dos meus cabelos brancos,
Lembro da poesia, tão jovem na sua eternidade!
E desde muito brincamos de contar coisas da vida
Minha alma, tem mais ou menos a sua mesma idade
José João
27/02/2.025
A poesia é intemporal. Nasce e jamais morre.
ResponderExcluirCumprimentos poéticos