segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Quando a alma escreve a poesia

    A brisa passava suave em volteios sobre o tempo
 O dia começava a despedir-se, num lento ir-se
Como se quisesse deixar saudades para amanhã.
O por do sol cantava uma canção melancólica,
Num silêncio colorido, desde o distante horizonte
Até minha alma carente que se perdia em prantos
Como fossem pingos de luz a iluminar meu rosto.
Muito longe, dentro de um pensamento quase perdido,
Uma lembrança, que caminhava para o esquecimento,
Despertou, se fez viva e se entregou sem reservas
A aquele momento que, agora, parecia santificado.
Os olhos se perderam ansiosos na busca de um olhar
Mágico que criasse uma figura esculpida na mente
Que a saudade ali deixou ficar como doce relíquia.
Assim se passou a tarde, as estrelas, como vagalumes
Do céu, apareceram brilhantes, despertando sonhos...
Sonhos que... jurava terem sido verdade.

AMCL - Academia Mundial de Cultura e Literatura
Acadêmico: J J Cruz
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
Postado em: 07/10/2.024

Nenhum comentário:

Postar um comentário