As vezes elas vinham com o nascer do sol
Quando a noite me acordava para não sonhar
E suas fanáticas sombras se faziam de lençol
Outras vezes vinham correndo ao pôr do sol
Que, colorido, sombreava o mar em veludo
Mas sempre eram sem cor, parecia a tristeza
Descolorida, parada no tempo em silêncio mudo
Nunca consegui dar matiz às minhas lágrimas
Nem ao se fazerem um caudaloso rio de prantos
Eram sempre sem cor, frias sem nenhum encanto
Por mais colorida que fosse a saudade chorada
Mesmo buscando os momentos mais coloridos
Elas choravam, sem cor, os meus ais doloridos
José João
22/10/2.024
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