quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Coisas do pôr do sol

 O sol, em confidência para o mar, escrevia em linhas retas,
Com uma tinta prateada, desde o horizonte até a areia,
O mar sussurrando um canto, deixa suas águas bailando
Como se fosse música o que o sol, ao mar, estava falando

O prateado da água mais parecia um caminho, uma estrada
Que juntava passos impossíveis, pensamentos perdidos,
Sonhos que nunca foram sonhados, até vontade de voar
E assim o pensamento, com infinitas asas, ia até além mar

Perdido por tanto espaço, não sabia que saudade buscar
Os olhos, coitados, se perdiam no horizonte do tempo
Sem saber se era hora de lágrimas de risos ou de pranto

Mas sabia que era hora de, entre tantas lembranças, chorar
Mas não com qualquer um chorar, o momento era divino
O pranto, para os olhos, é oração, é o mais sublime canto

José João
16/10/2.024 

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