quarta-feira, 16 de outubro de 2024

... desde que os ontens não existiram mais

Havia uma musica que a brisa cantava se estava triste
Não tinha palavras, apenas o sentido e eu entendia...
Os acordes eram pedaços do tempo, cheios de mim,
Das minhas verdades, saudades, do tudo que sentia

Havia uma estrofe que parecia ser escrita pela solidão
Dizia do silêncio com que a tristeza sempre chegava
Falava da falta de sentido quando a razão se perdia
Dizia do não dizer nada quando a palavra faltava

Havia também um jardim cheio de beijos não dados
De palavras não ditas, de olhares perdidos, de sonhos
Esse jardim só existe agora nos momentos guardados

Havia flor perfumando desde o ontem, até os amanhãs
No hoje eram perfumes vivos, alegres, de flores reais
Agora se foram desde que os ontens não existiram mais

José João
16/10/2.024

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