Quando qualquer tristeza em euforia invade minha alma
São meus olhos que se atormentam para fabricar prantos
Quanto maior a euforia da tristeza, bem maior o tormento
De fabricar lágrimas e chorar tamanha tristeza a contento
E, se com essa eufórica tristeza, a solidão se fizer presente
Maior o tormento dos olhos, usam até lágrimas criança
Se põem gritando em desespero, buscando na alma alento.
E esta, coitada, gastou o pranto chorando tanto tormento
Assim, os olhos, em busca incessante, se fitam no tempo
Na distância de alguns momentos já há muito acontecidos
Então fazem de ontem, instantes de a muito tempo vividos
E como fosse poesia, onde se finge chorar a dor que se sente,
E olhos e alma se põem sentindo a mesma eufórica tristeza
Se fazem só um e choram, mesmo com as lágrimas ausentes.
José João
25/09/2.022
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