Lágrimas, prantos, saudade, são guardados do poeta,
Por vezes ficam dentro da alma, carinhosamente...
Como pedaços de sua própria vida, verdades,
Sonhos que nem foram sonhados, sonhos já sonhados
E mortos, lembranças distantes, ou vontades
Que nunca aconteceram e jamais passarão de apenas
Vontades. Tudo isso o poeta guarda como relíquias,
Dores antigas, momentos que se pensava esquecidos,
Escondidos no tempo, sem caminhos de volta,
Mas o esquecimento, pregando peça ao poeta,
Traz tudo outra vez, até dores já caducas
Ficam parecendo dores de ontem ou nunca passadas.
Ah! O poeta! Se não fosse poeta como viveria?
Como viveria sem a dor de um adeus?
Sem uma saudade para chorar sorrindo, brincando
De brincar com a solidão, cativa de suas noites?
Mas ser poeta é bom, é dar vida aos sonhos
E fazer de suas dores pedaços dele mesmo.
E o bom de ser poeta é poder chorar em qualquer lugar,
Na frente de qualquer um, sem nenhum pudor...
Só lhe basta um lápis e... qualquer pedaço de papel.
José João
05/08/2.014
Rindo ou chorando, é bom ser poeta da vida.
ResponderExcluirabraços!