quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Loucura!

Hei de um dia ver-te, assim eu sonho,
A chorar alegre entre meus braços...
Não com lágrimas atiradas pela dor
Mas por ouvir o grito insano do amor

Sim, todo amor é louco, até sem razão
Explicar! O quê?  Se todo amor é louco!
Ainda tuas lágrimas molharão meu peito
Como se para o amor fosse o único jeito

Perguntariam a mim então. Jeito de quê?
Ora bolas, de perpetuar duas existências
Uma é essa que tantos já nem mais falam
Amar. Quem ainda se lembra? Ah! Calam!

A outra, é dar vida ao ridículo, porque não?
Perpetua-lo como prova nobre da existência
De um sentimento. Chorar, não dizem, é ridículo!
Que perpetuemos esse  (pra mim) encantamento

Mas ainda hei de ver-te soluçar no meu peito
Não esses soluços cheios de nada e tristes
Mas soluços gritados ao mundo e sem medos
Que agora, depois de tanto, ainda existes.

Aí me chamam de louco, que posso fazer?
Hei de ainda ver minha loucura sorrindo
Quando te ver alegre chorar em meu peito
Mesmo sabendo que é um sonho mentindo

José João
28/08/2.014




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